Boaventura Cardoso leva “Noites de Vigília” aos leitores portugueses em Junho

Foto: Lino Guimarães

Foto: Lino Guimarães

A obra literária “Noites de Vigília”, do escritor angolano Boaventura Cardoso, será colocada ao dispor dos leitores portugueses no dia 3 de Junho, no âmbito de uma sessão de autógrafos a ter lugar em Lisboa.

A obra em causa é um romance com 227 páginas, com factos narrados de 1974 a 1975 na cidade de Luanda, na qual retrata o palco de grandes confrontos cuja dimensão chegou a ser caracterizada como sendo de guerrilha urbana.

Em nota de imprensa enviada hoje, segunda-feira, à Angop, a União dos Escritores Angolanos (UEA) avança que a actividade, a decorrer no âmbito de uma feira em Lisboa, marca o início da parceria entre a UEA e a Texto Editora (Leya), para a edição de diversos títulos de escritores angolanos em Portugal e em outros países onde a Leya está representada.

Segundo o professor de literatura Francisco Soares,”Noites de vigília” é um romance crucial para a história de Angola e da literatura angolana que se apura na linguagem corrente, tornando ligeiramente mais leve, sem abandonar as características linguísticas.

Boaventura Cardoso nasceu em Luanda a 26 de Julho de 1944, vivendo parte de sua infância na província de Malanje. É Licenciado em Ciências da Comunicação pela Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, exerceu cargos como Ministro da Cultura (2002/2010), governador de Malange (2010/2012), director do Instituto Nacional do Livro e do Disco (INALD), Secretário de Estado da Cultura, Ministro da Informação, Embaixador de Angola em França, Itália e Malta.

Boaventura Cardoso foi ainda representante de Angola junto das Nações Unidas (FAO, PAM e FIDA).

Em 1967começou a escrever publicando vários contos e poemas em jornais e revistas de Luanda. Foi membro da Comissão de Redacção da revista Angola da Liga Nacional Africana é membro fundador da União dos Escritores Angolanos.

O escritor tem no seu reportório as obras Dizanga Dia Muenhu (1977), O Fogo da Fala (1980), A Morte do Velho Kipacaça (1987), O Signo do Fogo (1992), Maio Mês de Maria (1997), Mãe Materno Mar (2001), Noites de Vigília (2012), referenciada em antologias e estudada em universidades portuguesas, brasileiras, americanas, francesas e italianas.

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