BNA apoia criação de incubadoras de negócios

ASSINATURA DE ACORDO ENTRE O GOVERNADOR DO BNA E A MINISTRA DO ENSINO SUPERIOR CIÊNCIAS E TECNOLOGIA FOTO: FRANCISCO MIÚDO

ASSINATURA DE ACORDO ENTRE O GOVERNADOR DO BNA E A MINISTRA DO ENSINO SUPERIOR CIÊNCIAS E TECNOLOGIA
FOTO: FRANCISCO MIÚDO

22 Julho de 2019 | 17h51 – Actualizado em 22 Julho de 2019 | 17h51

O Banco Nacional de Angola (BNA) e o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) assinaram nesta segunda-feira, em Luanda, um Memorando de Entendimento que vai promover a criação incubadoras de negócios, com base na digitalização de serviços de pagamento.

 Com o objectivo de apoiar e incentivar a formação de empreendedores, investigadores, empresas e outras entidades no processo de desenvolvimento, sustentado de ideias de negócio de carácter tecnológico com elevado potencial de crescimento, o  Banco Central procura,  desta feita,  contribuir  no surgimento de pequenas  empresas  inovadoras em  Angola.

A  referida  iniciativa, cujo memorando de  entendimento foi  assinado pelo  governador do  Banco  Nacional de  Angola, José  de Lima  Massano e  a  ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Sambo, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI),   terá  a  duração  de 12 meses  e suportará,  no máximo, 10 projectos  em  simultâneo,  sendo a  incubação  gratuita  para projectos  seleccionados,  subscritos  por pessoas  individuais  ou colectivas  que pretendam  desenvolver  ideias de negócios, produtos ou  serviços  inovadores.

Com o processo de  selecção  dos projectos desta  iniciativa, dá-se início ao programa  de incubação  disponível na Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto e será  realizado  com base  em requisitos pré-definidos  a serem  publicados, em breve,  num portal  de internet  dedicado ao mesmo.

De acordo com o memorando,  a avaliação  e selecção  das  candidaturas serão  efectuadas com  base em critérios pré-estabelecidos por uma  comissão de avaliação a ser constituída  por representantes  do BNA e o Ministério doo Ensino  Superior, Ciência, Tecnologia  e Inovação (MESCTI).

Ao falar  sobre o projecto, o administrador do BNA, Pedro Castro e  Silva , referiu  que o  banco central tem estado a acompanhar  os  níveis da  evolução da  tecnologia a nível  mundial, sobretudo a que  incide  sobre  o sistema  financeiro.

“O nosso objectivo é continuar  a  contribuir  para o  desenvolvimento dos sistemas de pagamento  de Angola,  fazendo recurso  aos  jovens   que estão  nas universidades e já dispõem de ideias   de  negócios”, avançou, Pedro Castro e Silva, sustentando que é com base nessas ideias  que  podem   também potenciar o sistema  de pagamento em Angola.

Pedro Castro e  Silva  esclareceu  que o BNA  não  vai  vai  dispor  recursos  financeiros directamente,  mas  contribuir  para que  as incubadoras  estejam suficientemente apetrechadas  para que possam  apoiar no  desenvolvimento das ideias.

Desta feita, o  Banco  Central quer  trabalhar  com os  jovens e  aconselha-los  sobre os melhores caminhos a seguirem, para que essas ideias  sejam materializadas e  se tornem em  projectos e em empresas, tendo lembrado a titulo de  exemplo, que projectos  de género são  realidade  em  alguns países  como  EUA (Vale do Silício) e alguns a nível da  região  da SADC.

O BNA, acrescentou, na qualidade de  responsável do sistema  de pagamento em Angola,   vai fazer com  estas  ideias  contribuam para o sistema de pagamentos, orientando os  jovens  como podem  servir melhor  o sistema  de pagamento, respeitando  as normas  regulamentadas.

Para  a ministra do  Ensino Superior, Ciência, Tecnologia  e Inovação,  Maria  Sambo,  a iniciativa vem de  encontro aos programas que  existem  no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2018/2022,   no  que  toca a  criação de  condições  de incubadoras e criações  de start up nas instituições de ensino superior.

A iniciativa será  implementada nesta fase piloto na faculdade que  Engenharia da Universidade  Agostinho Neto e prevê-se alargar para outras instituições do  ensino  superior.

“Pretendemos fazer  com que se crie um  outro ambiente nas instituições do ensino  superior,  para que ideias se possam converter  em produtos  úteis para  a sociedade”,  referiu a  ministra.

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