Banco Mundial incentiva aposta no capital humano

Vera Daves, ministra das Finanças (à dir.), e Jean-Christophe, novo director do Banco Mundial para Angola FOTO: ANTÓNIO ESCRIVÃO

Vera Daves, ministra das Finanças (à dir.), e Jean-Christophe, novo director do Banco Mundial para Angola
FOTO: ANTÓNIO ESCRIVÃO

O novo director do Banco Mundial (BM) para Angola, Jean-Chistophe Carret, incentivou hoje, em Luanda, o Governo angolano a postar mais no capital humano, de modo a garantir melhores resultados no processo de diversificação da economia. 

Ao falar em conferência de balanço da sua primeira visita ao país, na sede do Ministério das Finanças, o responsável acrescentou que o reforço na formação técnico-profissional do homem, para uma nação que quer atrair investimentos e melhorar o ambiente de negócio privado, permitirá enfrentar esta estratégia com a sua população activa mais preparada e actualizada.

Jean-Chistophe Carret referiu que a gestão e a direcção dos financiamentos feitos pelo Banco Mundial são da responsabilidade dos governos filiados, mas, uma vez que Angola tem como meta o aumento da sua capacidade produtiva, com a dinamização da Agricultura e outros sectores, o homem deve ser prioridade.

Relativamente aos USD 50 mil milhões a serem disponibilizados a 48 países da África Subsariana, o director informou que Angola está fora desta lista, pelo facto de a mesma beneficiar apenas os países mais pobre e que Angola faz parte do grupo de países de rendimento médio alto.

Este escalão de rendimento médio afasta os países deste empréstimo anunciado em Julho último.

Por outro lado, informou que o BM tem apoiado a pretensão do Estado angolano em retirar a subvenção dos combustíveis, assim como encontrar as melhores políticas de alocação de verbas às famílias desfavorecidas como o programa de transferências monetárias “Kwenda”.

Na conferência de imprensa, a ministra das Finanças, Vera Daves, referiu que, quanto à parceria com esta instituição financeira, há dois pilares, um relacionado com o financiamento a projectos no domínio da agricultura familiar, educação e aprendizagem para todos e no domínio da saúde que progridem a bom ritmo.

O segundo pilar está relacionado com a implementação de reformas e assistência técnicas, em que o BM apoia com o repensar das empresas de água, visando torná-las mais eficientes, trabalho que se estende ao sector das Telecomunicações.

Vera Daves disse que, neste pilar, integra igualmente o projecto de inclusão financeira e outros.

A visita do francês Jean-Chistophe Carret, que substituiu o senegalês Abdoulaye Seck, enquadra-se no objectivo de se actualizar, assim com constatar os projectos que estão a ser aplicados em Angola, no âmbito da relação de financiamento do BM.

Recentemente, o Conselho de Administração do BM elevou o pacote financeiro da carteira de projectos para Angola de 1,32 mil milhões de dólares para 2,52 mil milhões.

Aprovado no quadro do “Angola Day”, do BM, o financiamento vai ser aplicado em três iniciativas estruturantes do Executivo, nomeadamente: o projecto de fortalecimento do Sistema de Protecção Social (320 milhões de dólares), a operação de Apoio Orçamental (500 milhões de dólares) e o Projecto Bita (Energia e Águas) – 500 milhões de dólares.

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