Banca obrigada a ter assistência ao cliente

Fotografia: Francisco Bernardo

Fotografia: Francisco Bernardo

Os bancos comerciais têm de abrir centros de atendimento (call center) em português até Janeiro para continuarem a emitir cartões electrónicos de pagamento, anunciou o governador do Banco Nacional de Angola.

A obrigatoriedade de criação dos call center destina-se a suprir as limitações dos cartões electrónicos de pagamento, também conhecidos por cartões multicaixa, e a melhorar a qualidade dos serviços da banca no país, declarou José de Lima Massano.
O governador do banco central,  que falava no lançamento do estudo da Deloitte “Banca em Análise 2014”, afirmou que das cerca de duas mil reclamações registadas no primeiro semestre deste ano 30 por cento estão associadas à emissão e uso de cartões de pagamento electrónicos.
O responsável lembrou os bancos são determinantes “na alocação de recursos para a economia por via da intermediação financeira” e os últimos dez anos foram de transformações na economia angolana, em particular no sector bancário.
José de Lima Massano referiu a estabilidade da moeda nacional, o kwanza, e a abertura de bancos nacionais e estrangeiros acompanhada pela adequação do quadro regulador aos padrões internacionalmente aceites como as principais características das transformações do mercado bancário angolano ao longo da última.
O governador do BNA disse que as iniciativas regulamentares adoptadas por aquela instituição se destinam “a estimular a difusão de produtos e serviços inovadores sob critérios de eficiência, inclusão, segurança e equilíbrio nas relações com o mercad”.
José de Lima Massano confirmou ter regulamentado recentemente a emissão de moeda electrónica para permitir que os serviços de pagamento possam ser prestados por telemóvel.
O orador referiu tratar-se de um novo desafio que se coloca e mais um instrumento de inovação ao serviço da inclusão financeira na sociedade angolana.
Apesar da trajectória de crescimento do sector bancário angolano, disse, este segmento apresenta baixo nível de aprofundamento.
O peso do crédito à economia, disse, corresponde a cerca de 25,8 por cento do PIB, abaixo dos níveis médios das economias emergentes, mantendo-se concentrado em actividades não produtivas ou com impacto reduzido sobre a estabilização e o crescimento sustentável.
O país, acentuou, continua com índices elevados de importação de bens de primeira necessidade que podem ser produzidos internamente, pelo que as oportunidades que o clima de estabilidade macroeconómica proporciona devem ser melhor aproveitadas por todos os intervenientes em processos produtivos.

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