AN ausculta parceiros sobre proposta da Lei Geral do Trabalho

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A Assembleia Nacional (AN) auscultou, esta segunda-feira, vários parceiros sociais sobre a proposta da Lei Geral do Trabalho, diploma aprovado na generalidade, em Fevereiro último.

No quadro da auscultação, o presidente da Associação dos Albinos de Angola, Manuel Vapor, disse haver dificuldades na inserção de portadores de albinismo no mercado de trabalho e defendeu o empoderamento desse segmento da sociedade.

No encontro, o presidente da Associação dos Taxistas de Luanda (ATL), Manuel Faustino, sugeriu a inserção dos filiados na Segurança Social e o respeito dos contratos de trabalho destes por parte dos empregadores.

Já a magistrada Iracelma de André defendeu a inclusão no diploma da licença de maternidade para as mães adoptivas, por entender terem os mesmos direitos que as biológicas.

De iniciativa do Titular do Poder Executivo, a Proposta da Lei Geral do Trabalho, já aprovada na generalidade, tem algumas normas revogadas com a Lei nº 2/00, de 11 de Fevereiro, e introduz algumas alterações, com destaque para o estabelecimento dos direitos de personalidade.

O Executivo entende que a Lei em vigor é desfasada da realidade, sobretudo, no que diz respeito aos contratos a termo, direitos das mulheres e indemnizações por despedimentos por justa causa.

A Proposta de Lei estabelece como regra o contrato por tempo indeterminado, reduz o tempo de duração do contrato por tempo determinado, introduz, nos contratos especiais, a figura do contrato de tele-trabalho e do contrato de trabalho em comissão de serviço.

O documento insere a figura da mobilidade de trabalhadores no âmbito de um grupo de empresas e reconfigura o critério de fixação das remunerações adicionais, bem como de determinação de indemnizações e compensações.

Prevê, por outro lado, o alargamento do catálogo de medidas disciplinares com a introdução da despromoção temporária de categoria e da suspensão do trabalho com perda de remuneração.

Para o encontro de auscultação, a AN convidou 46 parceiros sociais, entre os quais organizações femininas.

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