Armada portuguesa aberta à cooperação

Fotografia: Kindala Manuel

Fotografia: Kindala Manuel

O chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) de Portugal transmitiu ontem, em Luanda, a “total disponibilidade” daquele ramo das Forças Armadas portuguesas para cooperar com a Marinha de Angola no desenvolvimento das suas actividades.

O almirante Luís Manuel Fragoso, que se encontra em Luanda a convite do homólogo angolano, almirante Augusto da Silva Cunha, foi ontem recebido pelo ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, e pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, Geraldo Sachipengo Nunda.

Em declarações à imprensa no final da audiência, o CEMA português disse que, tendo tomado posse recentemente, em Dezembro de 2013, a deslocação a Angola visa reafirmar a disponibilidade da Marinha portuguesa na formação dos militares angolanos.

A propósito desta visita, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas classificou como “profícua” a cooperação entre as forças dos dois países, desde 1992, “com muitas vantagens para Angola”.

De acordo com Geraldo Sachipengo Nunda, as relações de cooperação entre as duas forças “têm decorrido até agora de uma forma muito proveitosa”. “Privilegiamos, fundamentalmente, as áreas de formação de quadros e também a consultoria ou assessoria nos diversos escalões”, referiu o chefe militar angolano, acrescentando que todas as escolas da Marinha de Angola contam com consultores portugueses, além do envio de cadetes angolanos para Portugal. O chefe do Estado-Maior da Marinha de Guerra de Angola, almirante Augusto da Silva Cunha, disse que Portugal é pioneiro na organização das Forças Armadas Angolanas e que essa cooperação “tem seguido o seu curso normal até agora”.

“Nestes anos todos, temos aprofundado a cooperação, designadamente na área da formação de quadros e assessoria técnica às escolas do ramo. Estendi este convite ao Chefe de Estado-Maior da Armada portuguesa porque iniciou o seu mandato agora e não tinha qualquer contacto físico com a Marinha de Guerra” de Angola, sublinhou.

Augusto da Silva Cunha disse ainda que o convite visa mostrar a realidade angolana, tendo em conta o empenho das Forças Armadas Angolanas no desenvolvimento do subsistema de ensino da Marinha. “E é nessa área, precisamente, que a cooperação é mais profunda com a Marinha portuguesa”, frisou.

O almirante Luís Manuel Fragoso deslocou-se ontem ao Ambriz, onde assistiu à inauguração da messe de oficiais da Marinha de Guerra e ao encerramento do 16º curso de fuzileiros navais, cuja formação contou com a assessoria portuguesa.

Hoje, parte para Benguela, onde visita durante algumas horas a escola de especialistas navais, na Praia Bebé, na Catumbela. Amanhã, o almirante Luís Manuel Fragoso participa no acto central das actividades comemorativas do 38º aniversário da fundação da Marinha de Guerra Angolana, no município do Ambriz, província do Bengo.

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