Aquisição de navios na mira da Marinha

Fotografia: Jesus Silva|Lobito

Fotografia: Jesus Silva|Lobito

O comandante da Marinha de Guerra, almirante Augusto da Silva Cunha, disse ontem, no Lobito, que Angola, para se afirmar como uma potência na região, tem de investir na sua Marinha de Guerra, através da formação de quadros, aquisição de navios e de armamento costeiro e de infra-estruturas de apoio.

Augusto da Silva Cunha, que falava no acto de comemoração do sexto aniversário da Região Naval Sul, referiu que a reedificação da Marinha de Guerra Angolana (MGA) passa pela adequação da estrutura orgânica, formação e infra-estruturas destinadas à basificação, reparação e manutenção, administração, logística e aquartelamento.

Para o almirante, a criação da Região Naval Sul, em 2008, foi fruto de um trabalho aturado, visando cumprir as orientações da directiva de 2007 do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, no âmbito da reedificação das Forças Armadas Angolanas, para adequá-las ao cumprimento de missões do presente e do futuro.

Depois de um trabalho exaustivo, explicou, a Direcção Superior das FAA decidiu propor a extinção das anteriores zonas marítimas três e quatro, com sedes nas cidades do Lobito e Namibe respectivamente, e transformá-las em Região Naval Sul com o comando no Lobito.

“Desta região os nossos navios navegaram rasgando o mar de Norte a Sul, com tripulações angolanas, apoiando o exército em acções combativas e efectuando a vigilância do extenso oceano, mantendo uma presença no mar que serviu para dissuadir o inimigo em tempo de guerra, missão que continuam a desempenhar em tempo de paz”, recordou Augusto da Silva Cunha.

A Região Naval Sul, acrescentou, e sobretudo o município do Lobito, sempre constituiu uma praça da Marinha, pela sua posição geográfica, existência do Porto Comercial do Lobito, bastante útil à economia angolana, que se encontra em ampla expansão.

Para Augusto da Silva Cunha, o mar é cada vez mais um recurso de valor inegável e cujo uso e aproveitamento interessa aos países com ou sem litoral.

O mar, concluiu, é factor de desenvolvimento para os países ribeirinhos, pelas facilidades que o mesmo proporciona, desde o fornecimento de alimentos de origem animal ou vegetal, recursos naturais situados no seu leito e subsolo e como meio de comunicação e fomento da economia. O comandante da Região Naval Sul, Daniel Domingos António “ Dany”, disse que no decorrer dos seis anos de existência, a Região Naval Sul empreendeu acções de fiscalização e patrulhamento no espaço marítimo sob sua jurisdição, faz diariamente o patrulhamento das baías do Lobito e Namibe e a fiscalização com abordagem de embarcações suspeitas.

A região, explicou Daniel António, cooperou com os outros elementos da componente operacional do sistema das forças nacionais em acções conjuntas com o Exército, Força Aérea e Polícia Nacional, apoiou as unidades administrativas civis, no asseguramento dos dois processos eleitorais, na campanha de vacinação contra a poliomielite e em situações de calamidades naturais nas enchentes do rio Coporolo.

O comandante Dany disse que a Região Naval Sul recebeu navios de marinhas congéneres em missão diplomática, nomeadamente portuguesa, espanhola e inglesa.

Durante o acto, que decorreu sob o lema “Pelo reforço da disciplina e prontidão combativa, comemoremos o sexto aniversário da RNS”, foram entregues menções honrosas aos destacados, troféus aos atletas vencedores das diferentes modalidades desportivas e presentes às militares mais antigas.

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