Antigos comandantes são homenageados

Fotografia: Santos Pedro

Fotografia: Santos Pedro

A Força Aérea Nacional vai homenagear na sexta-feira os antigos comandantes do ramo e alguns militares por destacáveis feitos e relevantes serviços prestados à pátria, durante uma cerimónia enquadrada nas jornadas dos 40 anos do Ramo, abertas pelo seu comandante, general Francisco Afonso.

A cerimónia de homenagem tem lugar na Base Aérea de Luanda, no local onde no dia 21 de Janeiro de 1976, o Presidente Agostinho Neto fundou a FAPA. A título póstumo vão ser homenageados os generais João Filipe Neto “Dimbondwa”, primeiro comandante do ramo, de 1976 a 1977, e Henrique Teles Carreira “Iko”, que comandou a FAPA/DAA de 1983 a 1986.
Na cerimónia são homenageados igualmente os generais Ciel da Conceição “Gato”, comandante do ramo de 1977 a 1981, António dos Santos França “Ndalu” (1981-1983), Alberto Correia Neto (1986-1991), Roberto Monteiro “Ngongo” (1991-1992), Pedro de Morais Neto (1992-2006) e o actual comandante, general Francisco Afonso que desempenha o cargo desde 2007. À homenagem devem juntar-se outros militares a quem a Força Aérea Nacional reconhece empenho ao longo dos tempos e sobretudo bons serviços prestados à pátria.
A cerimónia está a ser aguardada com enorme expectativa já que é a primeira do género em reconhecimento aos ex-comandantes que com bravura, estoicismo e patriotismo lideraram um dos importantes ramos das Forças Armadas.
A Direcção do ramo entende que deve prestar este valioso tributo àqueles que ao longo de 40 anos de existência lideraram a Força Aérea Nacional e testemunharam a passagem de sucessivas gerações e as várias etapas da sua evolução. Com isso, pretende-se demonstrar às novas gerações as contribuições valiosas dos antecessores e, assim, incentivá-las ao empenho e a estarem suficientemente preparadas para receberem o testemunho e assumirem os desafios do futuro.
Segundo o programa da actividade, além da troca de discursos devem ser outorgados aos homenageados ou aos seus representantes, diplomas de honra e lembranças significativas, ficando subjacente o reconhecimento e o tributo que se lhes presta. Além dessa actividade, realizam-se outras de carácter patriótico, cultural, desportivo e recreativo em todas as unidades nas distintas províncias do país. As realizações culminam com o acto central, em Luanda, na Base Aérea, no dia da efeméride.
A abertura das jornadas comemorativas em alusão aos 40 anos da constituição da Força Aérea Nacional foi marcada com a realização, na passada semana, do II Colóquio sobre a história militar do Ramo.
Na sexta-feira, último dia dos trabalhos, foram proferidas conferências sobre o emprego da Defesa Anti-Aérea (DAA) e das Tropas Rádio-Técnicas (TRT), bem como o desempenho das forças e meios ligados às comunicações e Asseguramento Rádio-Técnico, durante as acções combativas.
Um dos aspectos relevantes que marcaram os dois dias de intensos trabalhos, foi o nível alto de interacção dos participantes que, com questionamentos e contribuições valiosas, enriqueceram e deram maior consistência aos debates.
Para o Tenente-Coronel Manuel Gambôa, da comissão de elaboração da história do Ramo, “os subsídios colhidos durante este II Colóquio constituem um acervo substancial para a elaboração futura da colectânea”, cujo ensaio primário se prevê ser publicado muito em breve.

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