ANPG PREVÊ INVESTIMENTOS USD 67,4 MIL MILHÕES

Plataforma de Petróleo Fotografia: ANGOP

Plataforma de Petróleo
Fotografia: ANGOP

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) prevê um investimentos no sector na ordem dos 67 mil milhões, 421 milhões de dólares norte-americanos, entre 2021/2025, com uma tendência de crescimento de USD 11,6 mil milhões em comparação com os últimos cinco anos.

Tal incremento será influenciado com a reestruturação do sector e a operacionalização da nova legislação, que vai permitir a absorção de investimento significativo, de acordo com o membro do Conselho de Administração da ANPG, Berlamino Tchitangueleka.

O comportamento de investimentos nos últimos cinco anos do sector foi de 56 mil milhões, 357 milhões de dólares.

Falando no Fórum sobre Oportunidades de Negócios no Sector dos Petróleos, Gás e Mineiro, dirigido ao corpo diplomático, Berlamino Tchitangueleka referiu que, dos 67 mil milhões e 421 milhões, a Sonangol prevê contribuir com cerca de USD 16 mil milhões e 855, correspondendo a 25% do valor global.

Oportunidades  nos blocos 

Estão em curso os programas de redesenvolvimento dos blocos Zero, 15/06, 17 e 18, para o ciclo 2020/2021, com oportunidades imediatas para investimento, no qual concorrerem negociações para a extensão de licenças e unificação de concessões existentes nestes blocos.

Com investimento previsto de mil milhões, 616 milhões de dólares, no Bloco Zero dispõem do projecto “Sanha Lean Gás Connetion (SLGC), que é a produção de gás, que ao longo do tempo de produção foi rendimencionado para  futura utilização.

Existe ainda no mesmo Bloco Zero, o campo de Lifua (A), descoberto há mais de 30 anos, mas que agora tem a perspectiva para ser aproveitado.

No Bloco 15/06 está instalado o projecto “Agogo”, Cabaça Norte um8 e Cabaça Sudeste um4/5, com investimentos de mil milhões 930 milhões de dólares.

A considerada coqueluxe da petrolífera angolana, o Bloco 17, tem investimentos previstos na ordem dos 3,6 mil milhões, com os projectos com os campos de Zinia (fase 2), Dália (fase 3), Clov (fase 2), Pazflormiocene (PMP), Rosa Infills e Girassol Jasmim Infills.

No Bloco 18 encontra-se outro projecto que carece de investimento de 808 milhões de dólares, que é o campo de Platina, já a em execução, mas que só era em produção no final deste ano.

A ANPG ainda dispõem de oportunidades de investimentos nos campos marginais, que dadas as condições económicas e financeiras do momento não foram postos em produção.

Para estes campos, há oportunidades de investimentos nos Blocos Zero, 14, 15, 14, 17/06, 32, 16, 21/04, 21/11, com investimento previsto global de 9.9 mil milhões de dólares.

Nestes campos, dispõem reservas de quatro mil milhões de barris de petróleo, segundo o técnico sénior da ANPG.

Novos consórcios no gás 

Quanto a intensificação, exploração e produção de gás, a ANPG diz ser visível a aposta na produção deste líquido, por parte do Executivo ao aprovar uma Lei específica para o efeito.

Para o início desta actividade, a ANPG diz que está a acompanhar a formação de um novo consórcio de gás que prevê, numa primeira fase, produzir os campos de Quiluma e Maboqueiro (bloco Cabinda Sul), num investimento de 1.7 mil milhões de dólares.

O mesmo projecto terá uma segunda fase para a produção, num investimento de dois mil milhões de dólares.

Este projecto poderá também fornecer gás para as futuras fábricas de fertilizantes a serem construídas em Angola.

Ainda em Cabinda, em terras firmes, foi feita uma descoberta de gás que se procura investimento na ordem dos 23 milhões de dólares.

No Bloco 24, descobertas já feitas, na fronteira geológica pré-sal, também existe possibilidade de investimento.

A Sonangol, a Agência Nacional de Recursos Minerais (ANRM), a Sodiam, Endiama e o Instituto Geológico apresentaram, de igual modo, as oportunidades de investimento nestes sectores, aos diplomatas.

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