Angola/EUA/Zâmbia: Militares trocam experiências em apoio a situações de crise
Efectivos das forças aéreas de Angola, Zâmbia e EUA trocaram nesta quinta-feira, em Luanda, experiências no domínio de apoio em situações de crise, planificação e gestão de meios, no quadro do projecto aéreo militar conjunto denominado “vôo de parceria africana”.
A actividade decorreu na base aérea de Luanda e em Cabo Ledo, com recurso a mais recente e moderna aeronave militar norte-americana Hércules, C130J.
Em declarações à imprensa, o comandante da Força Aérea Nacional (FAN), general Francisco Lopes Gonçalves Afonso “Hanga”, revelou que, em três dias, os participantes tiveram sessões teóricas que culminaram com esta demonstração, num envolvimento de tropas dos três países.
“De facto, o grande objectivo desta actividade visou a troca de experiências e, dos norte-americanos, conhecer as suas formas de apoio em situações de crise, incluindo a planificação e gestão de meios. Foram essencialmente aulas e, neste processo, ocorreu uma grande troca de experiências entre as tropas angolanas, zambianas e norte-americanas”, explicou o oficial-general, antes de revelar que estiveram envolvidos no treinamento 47 militares angolanos.
Relativamente ao avião norte-americano, informou que o Hércules C-130J é um muito aprimorado comparativamente as versões anteriores.
“De facto, tem boas performances, equipamentos de ponta e encaixa-se no perfil da modernização do ramo. Mas, usarmos ou não este avião carece de decisão política baseada nas nossas necessidades e não compete à FAN tal opção. Independentemente de tudo, é um bom avião”, concluiu.
Na ocasião, o major-general Carlton D. Everhart Segundo, comandante da III Divisão e da XVII Expedição da Força Aérea Americana na base de Ramstein, Alemanha, precisou que o custo do avião está avaliado em cerca de 50 milhões de dólares (o dólar cota-se em 100.00 Kwanzas).
Sobre o exercício, declarou ter sido muito bem feito e que permitiu estabelecer relacionamentos em África. “Fomos muito bem recebidos pelos generais angolanos”, afirmou sobre a hospitalidade.
Revelou que as duas sessões de formação, com todos os membros (angolanos, zambianos e americanos), constitui um grande alicerce para formações vindouras.
O respeonsável militar reconheceu que houve uma grande entrega da parte dos efectivos de Angola e da Zâmbia.
“Com esta inter-acção, aprendemos muito e vamos continuar a reforçar as nossas relações, de modo a estabelecer grandes parcerias em África”, enfatizou.