Angola reafirma apoio à Guiné-Bissau

Fotografia: AFP

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O ministro da Defesa Nacional afirmou que Angola continua a apoiar a Guiné-Bissau pelos esforços de paz e estabilidade e explicou que a suspensão daquele país foi uma posição colectiva de alguns organismos internacionais, incluindo a União Africana e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

João Lourenço, que representou na segunda-feira o Chefe de Estado na cerimónia de tomada de posse do novo Presidente da Guiné-Bissau, afirmou que esta posição pretende ajudar as autoridades guineenses a voltarem à normalidade constitucional.

“Hoje, a posição da comunidade é diferente na CPLP e na União Africana. Sabemos que na Cimeira de Chefes de Estado, a ter lugar em Malabo, na Guiné Equatorial, o Presidente eleito da Guiné-Bissau já vai ter assento”, informou, citado pela RNA.

José Mário Vaz, economista de 56 anos, dirigente do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) e antigo ministro das Finanças no último governo constitucional, deposto pelo golpe de estado militar de 12 de Abril de 2012, foi eleito na segunda volta das eleições presidenciais, em Maio último, com 61,9 por cento dos votos.

É o quarto Presidente democraticamente eleito na Guiné-Bissau, depois de Nino Vieira (eleito duas vezes), Kumba Ialá e Malam Bacai Sanhá.

José Mário Vaz, apoiado pelo PAIGC, candidato mais votado na primeira volta, e Nuno Nabian, apoiado pelo PRS (principal partido da oposição), concorreram à segunda volta das eleições presidenciais.
O PAIGC venceu, com maioria absoluta, as eleições legislativas realizadas a 13 de Abril deste ano, o mesmo dia em que se realizou a primeira volta das presidenciais.

O novo primeiro-ministro é Domingos Simões Pereira, 50 anos, antigo secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e líder do partido.

O acto de tomada de posse decorreu na presença de milhares de guineenses, além de vários Chefes de Estado da África Ocidental, com realce para as presenças dos Presidentes do Benin, Burkina Faso,  Cabo Verde, Gâmbia, Gana, Guiné Conacri, Níger, Nigéria, Senegal e Togo.

As autoridades de transição também se fizeram representar por Manuel Serifo Nhamajo, o ex-Presidente da República de Transição, assim como o ex-Presidente da ANP, Ibraima Sori Djaló, entre outros membros do governo, diplomatas e da comunidade internacional.

Depois da tomada de posse de José Mário Vaz, que assume um mandato de cinco anos, a Guiné-Bissau caminha para a normalidade constitucional, faltando agora a tomada de posse do futuro primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, e do seu respectivo governo.

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