Angola quer maior dinamismo na cooperação com o Congo

O ministro angolano do Interior, Eugénio Laborinho, defendeu, nesta sexta-feira, a necessidade de se conferir maior dinamismo às relações Angola/Congo, tendo em vista o estreitamento da cooperação bilateral.

Ao intervir na reunião ministerial sobre defesa e segurança Angola/Congo, o governante considerou fundamental a constituição de uma Comissão Mista Permanente de Defesa e Segurança, tendo como foco as áreas de defesa, segurança e ordem pública.

Na ocasião, o ministro Eugénio Laborinho considerou pertinente o reforço das relações de cooperação no âmbito da actividade policial, intercâmbio de informações, criminalidade organizada, imigração ilegal e contra o terrorismo.

O governante angolano afirmou ser também do interesse do país uma cooperação mutuamente vantajosa, capaz de doptar os órgãos de segurança e ordem interna de meios técnicos e conhecimentos à altura dos desafios que se impõem.

Crimes transfronteiriços

Segundo Eugénio Laborinho, a situação de segurança na fronteira comum ainda inspira cuidados, apesar das acções operativas que vêm sendo realizadas para a prevenção e o combate contra os crimes transfronteiriços.

Referiu que, nos últimos tempos, se têm registado a ocorrência de várias acções armadas de grupos terroristas que  semeiam a dor e o luto no entre a população.

O governante angolano  considerou urgente que os órgãos de defesa e segurança dos dois países tomem as medidas necessárias, a fim de evitar que os dois  territórios sejam utilizados como bastiões  e esconderijos de grupos que semeiam a dor e o luto.

Congo promete trabalho conjunto

Entretanto, o ministro congolês da Segurança e Ordem Pública, Raymond Zéphrin Mboulou, garantiu que o seu país vai trabalhar com as autoridades angolanas no patrulhamento dos 210 quilómetros de fronteira comum, para contrapor as acções que minam as relações bilaterais.

Sublinhou o facto de as relações entre os dois Estados serem históricas, daí acreditar que “nada poderá impedir o reforço das mesmas”.

Na sua intervenção, Raymond Zéphrin Mboulou defendeu o combate à imigração ilegal, ao contrabando de combustível,  terrorismo, entre outras acções que  prejudicam as relações  bilaterais.

Abertura da fronteira

No encontro, as partes analisaram a situação de segurança e as possibilidades de reabertura da fronteira comum, com vista a garantir a normal circulação  de pessoas  e as trocas comerciais, no quadro de abrandamento das medidas de mitigação dos efeitos da Covid-19 nos dois países.

No final do encontro, as partes recomendaram a dinamização de acções  permanentes  de troca de informações  entre as forças de defesa e  segurança de Angola e do Congo, que actuam na fronteira comum.

As partes decidiram revitalizar os encontros periódicos entre os comandos militares e  policiais de  Angola e República do Congo, bem como a reactivação das reuniões regulares entre os governos  provinciais de Cabinda (Angola) e Ponta Negra, Kouilou e Niari (Congo).

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