Angola quer dados em posse de cinco países

Fotografia: João Gomes

Fotografia: João Gomes

O Governo angolano pretende que Portugal, Rússia, França, Bélgica e África do Sul entreguem as  informações que detêm sobre os recursos mineiros e geológicos elaboradas no país durante a época colonial, disse, em Luanda, o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz,  informando ter sido criada este mês, em Angola, uma comissão com o propósito de recolher esses dados o mais breve possível.

“Trata-se da recolha da informação, que principalmente Portugal produziu  durante a administração colonial e que neste momento está nas instituições portuguesas. É uma informação desactualizada do ponto de vista tecnológico, mas é uma  base muito importante para trabalhos subsequentes”, disse o ministro.

Francisco Queiroz   falava durante uma visita ao Centro Nacional de Tecnologias de Informação, em Luanda, onde vai ser armazenada toda a informação geológica e mineira do país resultante dos levantamentos aéreos no âmbito do Plano Nacional de Geologia (Planageo).

“Vamos recolher toda essa informação que pertence ao Estado de Angola, nos termos da Lei”, garantiu o ministro da Geologia e Minas, recordando que com Portugal já estão em curso “contactos” com vista à entrega dos dados recolhidos no período anterior a 1975, ano em que Angola se tornou independente.

O Planageo começa, na próxima semana, a ser implementado  nas províncias do  Namibe e Cuando Cubango.  Dois aviões estão disponíveis para o início do projecto  cujo objectivo recolher informações exactas sobre os recursos  naturais  e minerais existentes,  o potencial aquífero  do país, sobretudo nas zonas desérticas, e  ao memo tempo  vai ser possível  fazer a programação do crescimento urbano nacional.

Com este conhecimento vai ser possível fazer durante as próximas décadas  a programação  da exploração dos  recursos,  informação a ser utilizada para captar investimentos, fazer a exploração racional e sustentável dos  minerais  e puder  contribuir para o desenvolvimento sustentável do país, referiu o ministro da Geologia e Minas.

O país vai ganhar uma base de dados geológico-mineira, Badageo, competitiva na região e no mundo, cartas geológicas a diferente escalas, carta mineralógica actualizada, quadros nacionais com capacidade de actuarem nas diferentes áreas das geociências e ciências afins, além das infra-estruturas e laboratórios de referência nas províncias de Luanda, Huíla e Lunda Sul.

Para o efeito havia sido lançado um concurso internacional que apurou as empresas Citic, Impulso e Costa Negócios-Topocart que vão percorrer o país de Cabinda ao Cunene e do Mar ao Leste para apurarem com exactidão quais são e onde se encontram os minerais existentes no nosso território de Angola, criando-se assim um mapa mineiro exacto.

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