Angola quer ajuda francesa para edificar economia forte

MANUEL NUNES JÚNIOR, MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL (ARQ) FOTO: ANTONIO ESCRIVAO

MANUEL NUNES JÚNIOR, MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL (ARQ)
FOTO: ANTONIO ESCRIVAO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

05 Fevereiro de 2019 | 19h14 – Actualizado em 05 Fevereiro de 2019 | 19h14

O Executivo angolano está a contar com ajuda do Governo francês para a edificação no País de uma economia forte, menos dependente do petróleo, competitiva e capaz de gerar prosperidade.

De acordo com  o  ministro de  Estado do Desenvolvimento  Económico e Social, Manuel Nunes Júnior,  que falava hoje na abertura do fórum de negócios Angola/França, as  relações  de cooperação  entre  os  dois  países estão actualmente muito focadas no sector  do petróleo e  gás, um quadro que deve ser alterado.

“Precisamos que  a França  nos  ajude  a  edificar  uma economia  cada vez  menos dependente  do  petróleo”, solicitou Manuel  Nunes  Júnior,  no encontro que reuniu representantes  de várias empresas  francesas, que se encontram em visita de prospecção do mercado angolano.

Uma  das principais  áreas  de cooperação  apontada  nesta nova  era de cooperação  pelo  ministro de Estado  é  a  agricultura, tendo  considerado   de “enorme”  a capacidade  da França neste domínio.

Com  esta aposta,  augura que  empresários  franceses  possam  investir  nesta  área,   uma vez que  Angola  dispõem de  solos  férteis,   para  ajudarem  o pais  a tornar-se  auto-suficiente  na produção  de alimentos.

Outro  o convite formulado aos  empresários franceses  é o  investimento  na agro-indústria, nos  transportes,  nas  finanças, saúde,  na indústria  transformadora, nas pescas, turismo , na construção  e  em todos os  sectores  que possam  contribuir  para a diversificação da economia.

Uma  outra área  tida como “especial”  na área de cooperação  entre  Angola e França  é  a  educação,  tendo  o ministro de Estado  destacado o   papel importante que  daquele  país europeu  pode  desempenhar  na melhoria  da qualidade do sistema  de   ensino  no País.

Manuel Nunes  Júnior lembrou  aos  investidores  franceses  e de outros países que agora está mais  fácil  a  obtenção  de vistos para  entrar  em Angola,  uma  vez que foi criado  a modalidade   do “Visto  do Investidor”.

Com este  visto do  investidor  é permitido  múltiplas  entradas e permanência no País   até  dois anos,  prorrogáveis  por iguais  períodos  de  tempo.

O mais  importante é que  ao portador  do  visto  com três anos  de permanência  ininterrupta  em Angola pode  obter  autorização  de residência  temporária  no País.

No âmbito da melhoria  do ambiente de negócios em  Angola, foi aprovada uma nova Lei  do Investimento Privado  e outros  instrumentos  jurídicos  quer  para  nacionais  ou estrangeiros.

Em  Angola  também  foi aprovada pela primeira   vez,  a Lei da Concorrência,  com vista a  assegurar  que os negócios  sejam  feitos  com base  na  competição  entre agentes  económicos  e  “não  na base de  monopólios, de oligopólios  e  de outras imperfeições de mercado.

O fórum  empresarial  Angola-França contou com  29 empresários  franceses representantes  de  21  companhias,  entre  os quais, a AEMC france, helicópteros airbus,  de equipamentos e serviços para o sector ferroviário, o  Banco  Publico de Investimento da França (BPIFRANCE), da CMA CGM (transporte marítimo), Credito  Agricola  CIB, Societe  Generale, entre  outros.

Este encontro empresarial de Luanda constitui mais um passo no reforço das relações económicas entre os dois países, depois da visita oficial, à França, realizada em Maio de 2018 pelo Presidente angolano, João Lourenço.

Em Angola, a França tem uma forte presença no sector dos petróleos, através da multinacional Total, a maior operadora a explorar no offshore angolano com produção de 700 mil barris/dia.

Angola quer ver agora expandida a presença francesa na economia angolana, apostando noutros segmentos de negócios, com destaque para a agricultura.

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