Angola projecta criação de área de conservação marinha

Consultor do Ministerio do Ambiente, Soki Kuedi Kuenda FOTO: HENRI CELSO

Consultor do Ministerio do Ambiente, Soki Kuedi Kuenda
FOTO: HENRI CELSO

30 Julho de 2019 | 14h31 – Actualizado em 30 Julho de 2019 | 14h58

A primeira área de conservação marinha do país será criada entre a Baía dos Tigres e a cidade do Tômbwa, na província do Namibe, nos próximos quatro anos, informou hoje (terça-feira) o representante da ministra do Ambiente, Soki Kuedi Kuenda.

A informação foi prestada na abertura do workshop de lançamento do “Projecto das actividades previstas para a criação da área de conservação marinha”, realizado hoje, em Luanda.

A superfície e categoria desta área de conservação serão determinadas pelo projecto, que terá a duração de quatro anos e conta com o financiamento do Fundo Global para o Ambiente (GEF – sigla em inglês), apoiado pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD).

A conservação da biodiversidade não concerne apenas aos biomas terrestres, mas também aos ecossistemas marinos, sobretudo num país como Angola, que tem mais de mil e seiscentos quilómetros de costa marítima.

Disse que o projecto é um dos mecanismos de preservação dos componentes da diversidade biológica, de modo a assegurar a perenidade das espécies contidas nessas áreas.

Destacou a conservação da biodiversidade como uma das metas e acções prioritárias do sector, cujo projecto prevê a criação de três áreas terrestres: a da Serra do Pingano, Morro do Moco e a Floresta da Cumbira.

No âmbito da reabilitação e operacionalização dos parques e das áreas de conservação, deu-se início, em 2011 à criação de três novas áreas de conservação, nos parques nacionais do Maiombe, Mavinga e do Luengue-Luiana.

Salientou que como resposta, foi concebido e aprovado o Plano Estratégico da Rede Nacional das Áreas de Conservação de Angola (PERNACA) e o Plano Estratégico para o Sistema de áreas de Conservação (PESAC).

Angola conta com 14 áreas de conservação terrestres, correspondendo aproximadamente a 13% a do território nacional distribuídos por um parque natural regional, nove parques nacionais, duas reservas naturais integrais e duas reservas parciais.

Por sua vez, o responsável para área do ambiente do PNUD em Angola, Goetz Schroth, disse que o projecto conta com o financiamento do Fundo Global do Ambiente avaliado em 1,7 milhões de dólares.

Pelo facto de ter duração de quatro anos, a implementação da área de conservação deverá acontecer com bastante rapidez.

Para tal, deve-se desenvolver uma estratégia ampla de conservação e gestão sustentável do espaço marinho, criar uma equipa de gestão do marque marinho, fiscalização e monitorização do impacto dessa área.

FacebookTwitterGoogle+