Angola produziu nos últimos dois anos 18 mil barris de gás liquefeito/dia

Foto: Rosário Miranda

Foto: Rosário Miranda

Angola produziu em 2012 e 2013 uma média diária de dezoito mil barris de gás liquefeito, totalizando um acumulado de 13 milhões 100 mil barris/ano, afirmou nesta quinta-feira, o ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos.

De acordo com os dados avançados pelo ministro quando presidia, na cidade do Lobito, à abertura do X conselho consultivo alargado do seu pelouro, esta produção foi numa proporção de seis milhões 486 mil 324 barris em 2012 e seis milhões 631 mil 933 barris em 2013.

Segundo o governante, a Refinaria de Luanda processou ao longo de 2012 um total de dois milhões mil 458 de toneladas métricas de petróleo bruto e em 2013, dois milhões 234 mil 193, o que resultou na produção de quatro milhões 13 mil 391 toneladas métricas de refinados de petróleo, com destaque para o fuel oil e gasóleo.

Em função destes números, o ministro  considera haver uma subida de produção dos derivados de petróleo na ordem de 11,2 por cento, o que demonstra um dinamismo no sector, não só no desenvolvimento em si, mas no acompanhamento das diferentes tarefas do Executivo, quanto ao seu programa de desenvolvimento 2013/2017.

Acrescentou que o projecto AngolaLNG prevê receber um bilião de pés cúbicos/dia de gás associado, dos campos da zona marítima a fim de produzir 5, 2 milhões de LNG/ano, o que vai constituir um estimulo ao desenvolvimento económico-social do país, criando bases para a sustentabilidade da sua distribuição no mercado interno, com geração de empregos.

Segundo o ministro, para os próximos tempos, a actual produção petrolífera do país, cifrada um milhão 715 mil 561 barris de petróleo bruto vai atingir em 2015 um pico de dois milhões de barris, por via da entrada em acção de novos campos, cujos projectos estão em execução.

Entre estes projectos, o governante destacou o Clov (Bloco 17), Mafumeira Sul (Bloco 0), o Polo Este do Bloco 15/06 e o Satelites do Kizomba – fase II (igualmente no Bloco 15).

Espera que a maturação de reservas e projectos em estudo deverão garantir a sustentabilidade da produção dos dois milhões de barris de 2015 até 2021, sendo para isso necessário que os projectos em estudo sejam aprovados e implementados.

Na sua intervenção reservada à analise dos últimos quatro anos (Maio 2010/2014), o membro do Executivo fez saber que os projectos de licitação 2013/2014 em curso tiveram início com anúncio da Sonangol sobre a sua intenção de promover três conferências, visando dar a conhecer o potencial dos blocos por licitar, tendo a primeira sido realizada em Luanda e as duas últimas em Houston e Londres.

Frisou que tal processo tem como objectivo maximizar as reservas petrolíferas e a inclusão de empresas privadas angolanas no processo, podendo assumir a posição de operador, sem afectar a actividade dos blocos para os investidores internacionais.

Esclareceu que, a estratégia consiste na licitação de dez blocos nas zonas terrestres das bacias do Cuanza (KON3, KON5, KON6, 7,8,9 e KON17) e do baixo Cuanza – CON1, CON5 e CON6, bem como na avaliação de cinco outros blocos pela Sonangol.

Botelho de Vasconcelos acrescentou que decorre o período de pré-qualificação, ou seja, remessa de documentação, sendo que das 81 empresas que submeteram processos, maioritariamente são angolanas.

Afirmou que para o seu ministério, o plano nacional prevê fomentar a cadeia de fornecimento de bens e serviços ao sector dos petróleos e apoiar a sua diversificação através do desenvolvimento da chamada “fileira petróleo”.

Participam do evento que decorre de 22 a 24 deste mês, sob o lema ” o sector dos petróleos e sua contribuição no desenvolvimento sustentável de angola”, representantes de empresas operadores, responsáveis nacionais e quadros seniores do ramo.

FacebookTwitterGoogle+