Angola partilha experiência sobre desminagem e desarmamento
As experiências angolanas em domínios como o da desminagem, desarmamento da população e destruição de armas e engenhos explosivos foram abordadas por peritos nacionais durante a 10ª reunião sobre a Universalização da Convenção sobre as Munições de Fragmentação, que teve lugar quinta-feira, em Abuja (Nigéria).
De acordo com uma nota da Embaixada de Angola na Nigéria, a que a ANGOP teve acesso, durante a reunião, os Estados foram instados a inventariar e destruir os seus stocks de munições.
Durante o evento, que decorreu sob o tema “Olhar da bandeira da redução de riscos, educação e assistência às vítimas”, foi abordada a necessidade de os Estados ratificarem a Convenção sobre Munições de Fragmentação e acder à assistência internacional.
Para além da partilha de experiências pelos Estados africanos na adesão e implementação à Convenção, a reunião abriu portas ao diálogo de entre militares sobre a implementação da Convenção e a destruição das munições de fragmentação.
Angola participou na reunião com uma delegação composta por quadros da Direcção dos Assuntos Multilaterais do Ministério das Relações Exteriores, da Agência Nacional de Minas e da Embaixada na Nigéria.
Munições de Fragmentação
A Convenção sobre Munições de Fragmentação é um Tratado Internacional que proíbe o uso, a transferência e o armazenamento de bombas de fragmentação, um tipo de arma explosiva que espalha sub-munições na área em que é lançada.
A Convenção foi adoptada a 30 de Maio de 2008, em Dublin, República da Irlanda, e entrou em vigor em 2010, seis meses depois da sua ratificação por 30 Estados.
Até 2020, mais de 108 Estados assinaram o Tratado que os obriga a nunca e sob nenhuma circunstância usar munições de dispersão, desenvolver, produzir, adquirir ou transferir directa ou indirectamente esse tipo de artefactos.