Angola na Missão de Paz

Fotografia: João Gomes

Fotografia: João Gomes

 

Durante um jantar oferecido pela Missão angolana junto das Nações Unidas, na quinta-feira, em Nova Iorque, o Vice-Presidente da República anunciou que Angola prepara-se para integrar a Missão de Paz na República Centro Africana, sob a égide da ONU.

Discursando durante um jantar oferecido pela Missão angolana junto das Nações Unidas, numa das unidades hoteleiras de Nova Iorque, Manuel Vicente  disse que as autoridades angolanas querem contribuir para a solução da crise política e militar naquele país africano.
Manuel Vicente destacou, também, os esforços na estabilização da situação política e militar na Região dos Grandes Lagos, sobretudo na vizinha República Democrática do Congo (RDC). “Na arena internacional, Angola tem prestado uma contribuição construtiva para a paz e a segurança regional e internacional”, referiu o Vice-Presidente da República que, em Nova Iorque, representa o Chefe de Estado na 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, cujos debates decorrem até a próxima semana.

Eleição na ONU

O Vice-Presidente da República garantiu que, caso seja eleita a membro não Permanente do Conselho de Segurança da ONU, Angola vai, uma vez mais, empenhar-se com os demais parceiros na solução dos graves problemas que a comunidade internacional enfrenta e prestar uma “contribuição efectiva” à paz e segurança internacionais.
Manuel Vicente destacou ainda a estabilidade política e social de Angola, que tem permitido ao país alcançar taxas de crescimento económico elevadas, que se cifram numa média anual de 7 por cento. Lembrou que o Programa Nacional de Desenvolvimento 2013-2017 tem como meta garantir a estabilidade, crescimento e o emprego.
Recordou também o esforço do Executivo para aumentar a oferta de serviços sociais à população, e a reabilitação de infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias, aeroportuárias, habitacionais, sanitárias, educacionais, de saneamento, abastecimento de água e energia eléctrica. A luta contra a pobreza, acrescentou, constitui um dos objectivos centrais do Programa Nacional de Desenvolvimento 2013-2017, mas indicou que a tarefa exige uma enorme mobilização de recursos, inteligências, criatividade dos decisores políticos, efectiva solidariedade da sociedade angolana e apoio da comunidade internacional.

Redução da pobreza

Outro assunto que mereceu destaque no discurso do Vice-Presidente da República tem a ver com o índice de pobreza, que, em 2002, registava uma taxa de 68 por cento e teve uma redução para os actuais 36,7 por cento.
O Vice-Presidente sublinhou que a melhoria dos serviços de saúde e da esperança de vida, que em 2008 rondava os 42 anos, situa-se agora nos 52 anos, número “ainda muito baixo, mas que traduz os avanços registados, decorrentes da melhor e maior cobertura sanitária do país”.
Nos últimos 10 anos, houve uma elevação da qualidade do ensino e no acesso à educação, havendo hoje mais de 6,7 milhões de estudantes nos vários níveis, em todo o território nacional.
Os indicadores de acesso à água e saneamento continuam a melhorar satisfatoriamente, referiu Manuel Vicente, para quem hoje mais de 60 por cento da população rural tem acesso à água potável e estão em curso, em todo o país, a reabilitação e construção de novas barragens de produção de energia hidroeléctrica. Espera-se que em 2017 os principais problemas de fornecimento de água e energia estejam em vias de resolução definitiva.

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