Angola investe milhões nas águas

Fotografia: DR

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Angola está a investir cinco mil milhões de dólares em vários programas do domínio de água até 2017, disse o secretário de Estado Luís Filipe da Silva  no Fórum Mundial da Água, que decorre até amanhã nas cidades sul-coreanas de Daegu e Gyeongju.

Luís Filipe da Silva destacou que as preocupações relacionadas com a água constituem parte importante da agenda do Executivo, que atribui grande importância à promoção da qualidade de vida da população nos centros urbanos, zonas rurais e na preservação da água e do seu uso sustentável.
A Embaixada de Angola na Coreia do Sul promoveu uma reunião com líderes de dez empresas sul-coreanas do sector, interessadas em participar ou desenvolver projectos em Angola.
Durante o encontro, Lucrécio Costa, director nacional das Águas, e Kiala Pierre, director do gabinete de intercâmbio internacional, fizeram a apresentação detalhada do plano estratégico para o sector da energia e águas em Angola.
No final, o director nacional das Águas disse que foi possível conhecer com detalhe os interesses das empresas representadas no encontro e a parte sul-coreana ficou a conhecer em síntese o programa do Executivo, as acções fundamentais e as perspectivas de actuação do Governo no sector.
Lucrécio Costa destacou ainda o interesse da K-Water, a maior empresa pública de gestão das águas da Coreia do Sul, de continuar conversações com o sector. Está prevista a deslocação de uma delegação do sector das águas da Coreia do Sul a Luanda dentro de 30 dias, para avaliar a realidade do país e começar a desenhar plataformas de entendimento. A Coreia do Sul organiza  pela primeira vez a maior reunião mundial sobre a água, que este ano conta com a participação de 1.800 líderes políticos, empresariais e activistas ambientais. Durante o fórum de cinco dias, mais de 20 mil participantes discutem três metas de acção: “Segurança de Água para Todos, Desenvolvimento e Prosperidade dos Recursos Hídricos, e Água e Sustentabilidade.
Além da delegação do Ministério da Energia e Águas, o fórum conta ainda com a participação do embaixador de Angola na Coreia do Sul, Albino Malungo, e outros diplomatas da missão diplomática naquele país asiático.
Recentemente, o ministro da Energia e Águas afirmou que as diversas intervenções realizadas no ano passado, no quadro do Programa Água para Todos, permitiram servir 213.222 habitantes nas zonas rurais. João Baptista Borges acrescentou que, no total, o programa já está executado em 60,5 por cento, correspondendo a 5.191.815 habitantes servidos. Ainda no ano passado foram construídos 250 pontos de água e 164 sistemas de abastecimento. Desde 2007, data do arranque do programa, foram construídos 2.570 pontos de água e 802 sistemas de abastecimento.
Na reunião de balanço do programa, que decorreu em Luanda, os participantes reiteraram o empenho no objectivo social e humano do programa, de garantir o abastecimento de água potável à população das zonas rurais. As administrações municipais passam a compilar os dados relevantes do Programa Água para Todos e partilham-nos com as direcções provinciais que os submetem, todos os meses, à comissão técnica de coordenação do programa. Luís Filipe da Silva disse que o Ministério vai proporcionar, em 2017, um incremento da taxa de cobertura do abastecimento de água no meio rural, para que, pelo menos 80 por cento da população do meio rural tenha acesso à água potável.
O sector das águas vai adoptar, de forma progressiva, os modelos de gestão sustentável, no contexto do processo de descentralização da prestação de serviços de abastecimento de água, capaz de dar respostas às debilidades técnicas, permitindo mudanças organizacionais e de gestão no contexto rural.
Luís Filipe da Silva defendeu uma intensificação da actividade de inspecção sanitária e monitoria de qualidade da água potável no meio rural, visando a redução drástica dos focos de enfermidades de origem hídrica.

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