Angola explora cerca de 10% das suas terras aráveis

Foto: Angop

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Angola explora, neste momento, cerca de 10 porcento das suas terras aráveis para a produção agrícola, estando os restantes 90 porcento disponíveis a investimentos nacionais e estrangeiros, afirmou na cidade de Roma, Itália, o secretário de Estado da Agricultura, Amaro Tati.

Amaro Tati falava durante a mesa redonda sobre “As oportunidades de uma Partnership económica Angola/Itália”,  que se realizou na semana finda na sala do Aldo Moro do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália.

Segundo disse, dada a imensa extensão de terra para se trabalhar, seria bom que os empresários italianos, com a sua capacidade tecnológica, fizessem do mercado angolano o destino dos seus investimentos, através de estabelecimentos de parcerias com homólogos angolanos.

Amaro Tati apontou as áreas da produção directa, ou seja, vegetal (grãos), animal e a produção florestal, transformação e processamento, equipamentos, insumos agrícola e outras, como as que devem merecer um “casamento perfeito” entre empresários de Angola e da Itália.

Outra área de eleição para investimentos, segundo o secretário de Estado, é a do sistema de irrigação, tendo em conta a estiagem que se regista nesses últimos anos em algumas regiões do País.

“Portanto, uma das saídas para este problema é investir nessa área vital para o sector agrícola. Angola é um país rico em recursos hídricos (cerca de 67 bacias hídricas). Por esta razão, me parece ter um ambiente favorável para a prática da actividade agrícola”, explicou Amaro Tati.

Por seu turno, o secretário Estado da indústria, Kiala Gabriel, disse que o sector da indústria angolano tem estado a crescer a um ritmo de 10 porcento/ano e a sua participação no Produto Interno Bruto, nos últimos quatro anos, foi cerca de 6,25%.

Kiala Grabriel fez saber que um dos objectivos do Executivo angolano é criar pelo menos um pólo de desenvolvimento industrial em cada uma das 18 províncias de Angola, com vista proporcionar maior desenvolvimento em cada uma destas regiões e dar mais postos de trabalho à juventude.

Para dar corpo ao programa do governo da diversificação da economia e da actividade produtiva, disse ser pretensão de Angola, por vias dos seus investidores, ver uma ampla participação de empresários italianos nesta empreitada que tem como meta dar melhores condições de vida aos angolanos.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Itália, Lapo Pistelli, disse ter acompanhado com muita atenção as informações que os membros do governo angolano prestaram sobre as oportunidades de se investir em vários domínios do mercado angolano.

“Da nossa parte, tudo faremos para que estas intenções sejam transformadas em acções concretas, criando mecanismos que facilitam os empresários italianos realizarem os seus negócios em Angola”, frisou, acrescentando que os últimos indicadores económicos de Angola incentivam qualquer investidor.

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