Angola estimula cooperação sólida

Fotografia: Mota Ambrósio
A presidência de Angola na Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) visa criar entre os Estados-membros uma cooperação sólida, afirmou, em Luanda, o director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores, quando intervinha na conferência “O papel da diplomacia angolana na resolução de conflitos no continente africano”.
“Tendo em conta que a questão de fundo do conflito na República Democrática do Congo (RDC) tem a ver com a exploração dos recursos naturais, Angola propôs, no quadro da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, o estabelecimento de parcerias com vista à acomodação dos interesses económicos destes países”, referiu Joaquim do Espírito Santo, recordando que entre os países que inicialmente aderiram à iniciativa estão Angola, África do Sul, Ruanda, Uganda e República Democrática do Congo.
A África do Sul, explicou o o director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores, não é membro da Região dos Grandes Lagos, mas na condição de país da SADC está associada ao Acordo Quadro sobre a Paz na República Democrática do Congo e Cooperação na região.
Mais tarde, associaram-se o Congo Brazzaville e a Tanzânia. Ultimamente, o Quénia tem manifestado interesse em também fazer parte desta acção de cooperação na região, elucidou o director do Ministério das Relações Exteriores, para depois salientar: “É claro que esta cooperação visa explorar os recursos da região.
Foram descobertos petróleo e gás natural, mas também existe ouro e outros recursos minerais que podem ser explorados em benefício dos povos da região”. Joaquim do Espírito Santo esclareceu que a presença de Angola neste processo tem como objectivo tornar-se num elemento de estabilidade e garantia para que não haja suspeitas e desconfiança entre os países.
“O ministro das Relações Exteriores efectuou recentemente um périplo por alguns países e rubricou, em nome de Angola, acordos com o Ruanda, Uganda e Quénia, no quadro de uma acção mais alargada de concertação e cooperação. Este passo vai servir de exemplo para estimular outros países a estabelecerem, entre si, esta aliança e cooperação.
“A ideia, disse o director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores, é que haja sinergia e esforço financeiro para o combate ao desemprego e à pobreza, edificando zonas de interesse que possam beneficiar os povos da região.
Angola ocupa a presidência da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos desde a V Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo, que decorreu sob o lema “Promovamos a paz, segurança, estabilidade e desenvolvimento da Região dos Grandes Lagos”.