Angola espera participação massiva dos africanos na Bienal de Luanda

CAROLINA CERQUEIRA, MINISTRADA CULTURA (ARQUIVO) FOTO: ANTONIO ESCRIVAO

CAROLINA CERQUEIRA, MINISTRADA CULTURA (ARQUIVO)
FOTO: ANTONIO ESCRIVAO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

08 Fevereiro de 2019 | 13h48 – Actualizado em 08 Fevereiro de 2019 | 16h38

A ministra angolana da Cultura, Carolina Cerqueira, pediu, nesta sexta-feira, em Addis Abeba, o apoio dos países membros da União Africana (UA) para que se unam ao projecto Bienal de Luanda, um evento de carácter continental de promoção da cultura de paz, a ter lugar de 18 a 22 de Setembro, na capital angolana.

A par dos países africanos, a governante angolana, que falava num encontro de informação e sensibilização sobre a Bienal de Luanda, na sede da UA, onde decorre várias reuniões paralelas à 34ª Sessão do Conselho de Executivo da organização continental, convidou igualmente organizações internacionais, comissões económicas regionais e outras para se unirem a este projecto que visa promover a paz e amizade em África.

Segundo Carolina Cerqueira, a realização da Bienal de Luanda, uma realização conjunta com a UNESCO, para congregar os povos e promover a cultura de paz, visa dar continuidade aos propósitos dos fundadores do pan-africanismo, cinco décadas depois, que lançaram as bases para a união dos africanos, num contexto global para enfrentar os desafios do século 21.

“Por isso, gostaria de convidar todos aqui presentes, africanos e de outros continentes, a se deslocar a Luanda para a Bienal da Paz, e estejam certos que vão partilhar connosco a tradicional hospitalidade dos angolanos e conhecer melhor a nossa vasta diversidade cultural, a nossa história e os passos seguros de uma realidade de um país em franco desenvolvimento”, disse.

Referiu que a iniciativa visa estimular a economia, cultura, turismo, o desenvolvimento sustentável do continente e constituir pontes que consigam fomentar parcerias, para o fortalecimento do desenvolvimento, progresso e bem-estar e uma cidadania participativa de todos os africanos e africanas.

Por esta razão, disse ser pretensão do Governo angolano engajar toda a sociedade, classe empresarial, agentes culturais e outros, na realização da primeira edição da “Bienal de Luanda”.

Carolina Cerqueira sublinhou que o Governo angolano reiterou a sua vontade de realizar a Bienal de Luanda para uma cultura de paz em África em Maio de 2018, aquando da deslocação do Presidente da República, João Lourenço, na sede da UNESCO, durante a sua visita em França.

Neste contexto, explicou, o Presidente da República criou uma comissão multisectorial responsável pela preparação das condições para a realização da primeira Bienal de Luanda, integrada pelos ministérios da Cultura, Ensino Superior, Ciência e Inovação, Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Relações Exteriores, o que demonstra a importância que o Executivo atribui ao compromisso com a paz, democracia e amizade entre os povos.

Os trabalhos de preparação da Bienal, fórum que poderá promover a imagem de África no mundo e a sua contribuição para a paz mundial, amizade e fraternidade entre os povos, decorrem igualmente com a colaboração da missão permanente de Angola junto da UNESCO.

Com base no acordo bilateral assinado a 18 de Dezembro de 2018 entre Angola e a UNESCO, o Governo inscreveu no OGE/2019 verbas para suportar a fase de preparação da Bienal de Luanda.

Segundo a ministra, em cumprimento do acordo rubricado com a UNESCO, a segunda edição da Bienal de Luanda poderá ter lugar em 2021, podendo ser prorrogada por mais uma edição, após avaliação das partes.

A princípio, 12 países africanos serão convidados a fazer parte da primeira edição. As despesas para a participação destes países e outros serão repartidas por Angola e UNESCO.

As organizações que participaram, na Sede da União Africana, no encontro de informação e sensibilização sobre a Bienal de Luanda saudaram a iniciativa de Angola e UNESCO e prometeram dar todo o seu apoio para o êxito deste fórum pan-africano que visa congregar  cidadãos de vários países em torno dos ideais da paz, da harmonia e promoção da cultura.

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