Angola e Suíça exploram potencialidades

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O secretário de Estado da Indústria, Kiala Gabriel, disse que Angola necessita da transferência de conhecimento tecnológico de outros países para o seu desenvolvimento económico.
“Queremos ser, nos próximos anos, um país exportador e não apenas observador, contando com a indústria transformadora e com investimento privado em todo o país”, afirmou Kiala Gabriel, ao fazer uma apresentação da actual situação económica nacional, no Fórum de Negócios entre Angola e a Suíça.
O secretário de Estado anunciou a entrada em funcionamento, ainda este ano, de uma fábrica de açúcar na província de Malanje, que resulta de um investimento do Japão superior a dois milhões de dólares, que permitiu também remodelar e recuperar as fábricas têxteis de Luanda, Benguela e do Dondo, no Cuanza Norte.
“Este é o verdadeiro sentido do fruto do investimento estrangeiro em Angola, pois trouxe e transferiu para o país os seus conhecimentos e criou postos de trabalho.
Esse é o desejo de Angola, que o sector privado estrangeiro traga know-how e tenha uma participação no crescimento económico nacional”, referiu Kiala Gabriel. A secretária de Estado da Cooperação, Ângela Bragança, disse, no fórum, que se pretende criar uma plataforma que permita “agilizar as relações entre os dois países” para o funcionamento das questões ligadas ao plano económico e comercial, que ainda “são insuficientes”.
Pensamos que tem havido muita agressividade dos investidores estrangeiros, “mas eles ainda se queixam do valor, de um milhão de dólares exigido para a criação de uma empresa e da demora na obtenção dos vistos, então temos que criar condições favoráveis”, enfatizou a secretária de Estado.
O embaixador da Suíça em Angola, Giancarlo Fenini, levantou a questão da Lei de Investimento Privado de Angola. A propósito, o administrador da Agência Nacional de Investimento Privado (ANIP) Luís Domingos, disse que a Lei de Investimento Privado, de 2011, que estipula o limite de um milhão de dólares, está a ser revista, tendo o trabalho técnico sido já concluído.
“A Lei de Investimento Privado tem estado a ser reapreciada em função de alguns aspectos que foram identificados com órgãos parceiros, como sejam as associações empresariais e alguns pronunciamentos que vão surgindo, com alguma preocupação de potenciais investidores”, referiu o administrador Luís Domingos.