Angola e RDC querem mais cooperação

Fotografia: Mota Ambrósio

Fotografia: Mota Ambrósio

Delegações da Empresa Nacinal de Diamantes-Endiama e do sector diamantífero da República Democrática do Congo (RDC) estão desde ontem no Dundo, Lunda Norte, a traçar estratégias para o reforço da cooperação no sector.

O encontro avalia a troca de experiências sobre os serviços de avaliação e certificação de diamantes, a partilha de conhecimentos sobre mineração artesanal e o cadastro mineiro. A reunião discute também a actividade mineira industrial, artesanal e as comissões nacionais do “Processo Kimberley”.

O governador da Lunda Norte, Ernesto Muangala, disse na abertura da reunião bilateral sobre o “Processo Kimberley”, que o Executivo continua a envidar esforços para manter o controlo das fronteiras, reforçando as medidas de defesa e segurança nas províncias que separam Angola com os países vizinhos.

Ernesto Muangala indicou que Angola tem uma larga experiência no sector diamantífero e pode ajudar a RDC a combater os “diamantes de sangue”, designação dada aos diamantes garimpados em zonas de conflitos.

O governador afirmou que o Executivo anglano tem investido os lucros dos diamantes em grandes projectos de reconstrução nacional. “Os recursos naturais explorados devem promover o bem-estar das populações, garantindo um reforço do sistema de ensino, tecnologias de informação e saneamento básico.”

Exploração artesanal

O coordenador executivo da Comissão Nacional do “Processo Kimberley”, Paulo Mvika, disse que já foram apresentadas à delegação congolesa as vantagens de uma empresa diamantífera estatal forte, dinâmica e rentável.

“A RDC realiza 90 por cento da sua actividade de exploração diamatifera de forma artesanal, por isso passamos a nossa experiência”, disse. Da RDC, disse, Angola pretende colher experiência sobre como estruturar as cooperativas artesanais para a exploração de diamantes.

Apoio à RDC

O director-adjunto do Cadastro Mineiro da República Democrática do Congo (RDC), Joseph Amissi, informou que  o seu país pretende apresentar o seu apoio à Angola na presidência do “Processo Kimberley”, que permite a certificação dos diamantes a comercializar.

No encontro de três dias vão ser debatidos o controlo interno e o rastreamento de diamantes bem como harmonização das taxas e impostos aplicados na comercialização de diamantes no mercado artesanal.

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