Angola é o terceiro mercado financeiro de África

Fotografia: João Gomes

Fotografia: João Gomes

A economia angolana tem demonstrado níveis expressivos de crescimento, tendo alcançado a posição de  terceiro mercado financeiro na África Subsariana, com um volume de activos na ordem dos 71 mil milhões de dólares, atrás apenas da Nigéria e da África do Sul, anunciou ontem o ministro da Economia.

Abraão Gourgel, que discursava na abertura da Feira Internacional de Luanda (FILDA), disse que têm crescido os níveis de bancarização que fazem antecipar uma evolução positiva da procura do mercado nacional. “A disciplina fiscal permitiu reduzir a inflação anual de forma consistente desde 2002. Os resultados da macroeconomia foram publicamente reconhecidos pelo FMI e por três grandes agências internacionais”, lembrou.

O ministro da Economia mencionou vários programas do Executivo em curso, nomeadamente no sector eléctrico com investimentos superiores a 23 mil milhões de dólares até 2017, o programa nacional de habitação social, com a edificação de mais de 300 mil fogos, de recuperação de estradas e caminhos-de-ferro e do sector da agricultura.

Abraão Gourgel lembrou que, através do esforço do Executivo, foi possível recuperar as reservas líquidas internacionais depois da crise financeira mundial. “Os níveis de incidência da fome e da pobreza conheceram uma queda drástica, passando de 68 por cento em 2002 para 36,6 por cento em 2014”, acentuou.

A evolução favorável dos níveis de desenvolvimento humano continua, como deve comprovar o Censo Geral da População e Habitação levado a cabo em Maio pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O vice-primeiro-ministro de Portugal, Paulo Portas, presente no acto de abertura da FILDA, disse que Angola é cada vez mais um país importante em África. O ministro da Energia de Cabo Verde, Humberto Brito, revelou que o seu país está representado na feira com 44 empresários para fortalecer uma relação duradoura com os empreendedores angolanos. “Cabo Verde quer elevar as relações com Angola, país  que possui um potencial que interessa aos cabo-verdianos”, disse.

A FILDA, a maior bolsa de negócios de Angola, abriu ontem as portas com mais de 100 expositores portugueses, que ocupam por completo um dos sete pavilhões. Representam vários sectores da economia nacional, desde a metalúrgica ao papel e aos vinhos. Portugal apresenta mesmo a maior comitiva entre os 39 países presentes, que globalmente envolvem 1.000 empresas representadas.

A feira dedicou ontem o dia à China. Entre os países representados na FILDA incluem-se os estreantes Quénia e Zimbabwe, República Checa e Vietname. Em termos de expositores, a edição deste ano representa um crescimento de 40 por cento face a 2012 e um aumento da área de exposição em oito mil metros quadrados, de acordo com dados da organização.

Esta edição da FILDA, a maior feira internacional de Angola e que se realiza, em diferentes formatos, desde 1983, conta com uma área de exposições superior a 28 mil metros quadrados e prevê receber a visita de 50 mil pessoas.

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