Angola é estável para as petrolíferas

Fotografia: AFP
A agência de rating Moody’s considerou que o investimento de mais de 11 mil milhões de dólares (1,1 trilião de kwanzas) no projecto angolano de Kaombo é fundamental para a participação de petrolíferas internacionais.
O analista sénior da agência da Moody’s, Aurelien Mali, caracteriza o projecto Kaombo como “grande investimento” anunciado na semana passada pela Total e reafirma que Angola “tem um ambiente operacional estável para as petrolíferas internacionais, impulsiona a produção de petróleo e é, por isso, uma vantagem competitiva”.
A Total anunciou que o consórcio que lidera no projecto Kaombo vai investir mais de 11 mil milhões de dólares para explorar aquele jazigo petrolífero em águas profundas de Angola, do qual espera vir a extrair 230 mil barris de petróleo por dia (bpd).
A Total é a operadora do Kaombo, com 30 por cento, num consórcio que inclui a Sonangol, a Esso e a Galp com cinco por cento.
A Moody’s recorda que “hoje Angola já é o segundo maior produtor de petróleo de África atrás na Nigéria, com uma média de produção em 2013 de mais de 1,7 milhões de barris por dia”.
Uma vez operacional em 2017, o Kaombo é o maior de uma série de projectos petrolíferos actualmente em desenvolvimento na Bacia do Baixo Congo, com reservas estimadas em 650 milhões de barris de petróleo e uma a produção projectada de 230 mil barris/dia.
“Este é o mais recente projecto num sector que tem tido rápido desenvolvimento nos últimos 15 anos. Outros 300 mil barris por dia devem ser produzidos nos próximos 18 meses noutros projectos naquela bacia”, refere a Moody’s.
Estes outros projectos sozinhos – um da Total no bloco 17, e dois no bloco 15 operados pela ENI e pela Esso – devem fazer aumentar a produção total de Angola para dois milhões de barris de petróleo por dia até ao fim de 2015, pelo que o Kaombo garante que a produção fica acima dos dois milhões de barris de petróleo por dia até 2020, “mesmo contando com o declínio natural em explorações já existentes”.
A agência salienta que as perspectivas para o sector petrolífero angolano são animadoras e que à medida que a produção crescer nos próximos anos também aumenta a resiliência do país aos efeitos adversos de eventuais quedas nos preços.