Angola deve ter maior intervenção

Fotografia: José Cola

Fotografia: José Cola

O director-geral da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), Ahmad Allam-Mi, admitiu ontem, em Luanda, que a actual situação política, económica e social na região é má, tendo solicitado uma maior intervenção de Angola para que se inverta o quadro.

“Angola é um país importante para a comunidade. E espero que desempenhe o seu papel de líder entre os países da África Central”, defendeu Ahmad Allam-Mi, depois de um encontro com o ministro angolanos das Relações Exteriores, no quadro de uma visita que efectua a Angola. O  director-geral da Comunidade Económica dos Estados da África Central disse ter saído “muito satisfeito” do encontro com Georges Chikoti, afirmando que espera trabalhar com Angola em prol do desenvolvimento da região central do continente.

Ahmad Allam-Mi caracterizou de “má” a actual situação política, económica e social na região da África Central, tendo defendido a inversão do quadro actual com uma política de reintegração nas subregiões e, sobretudo, na União Africana. Allam-Mi revelou que deve apresentar um projecto de reformas no seio da Comunidade Económica dos Estados da África Central na próxima cimeira de Chefes de Estado da organização. O director-geral da Comunidade Económica dos Estados da África Central defende também a redinamização da comunidade.

A título de exemplo, considerou que a Comunidade Económica dos Estados da África Central não é muito conhecida em Angola. “É preciso apostarmos na redinamização da comunidade. Achamos que é necessário trabalhar para um melhor desempenho, sobretudo no quadro da União Africana”, defendeu Ahmad Allam-Mi.

A Comunidade Económica dos Estados da África Central, cujo tratado constitutivo entrou em vigor em Dezembro de 1984, é integrada por Angola, Burundi, Camarões, República Centro Africana, Congo, República Democrática do Congo, Gabão, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe e Chade.

Desenvolvimento industrial

Ainda ontem, o ministro das Relações Exteriores manteve um encontro com o director regional da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI), Mohamed Eisa, que começou ontem uma visita de dois dias a Angola.

Mohamed Eisa, de nacionalidade sudanesa, disse ter abordado com o ministro Georges Chikoti questões bilaterais entre entre Angola e a Organização das Nações Unidas. Mohamed Eisa está em Angola para contactos com autoridades ligadas à indústria nacional.

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