Angola defende o respeito pela soberania dos Estados
Angola defende uma política externa baseada no respeito pela soberania dos Estados, manutenção da paz e defesa do Direito Internacional para o estabelecimento de uma parceria estratégica e privilegiada com os outros países do mundo, afirmou ontem em Luanda o assessor do Instituto de Defesa Nacional, brigadeiro Anselmo Domingos.
Dissertando sobre o tema “A política externa e a diplomacia”, durante uma palestra realizada no Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR) sobre defesa nacional, dirigida aos profissionais da classe, o oficial superior das Forças Armadas Angolanas acrescentou que desta forma o país procura assegurar o máximo de influência e projecção na arena internacional.
“A política externa hoje no Mundo assume uma importante e extrema relevância, derivada das rápidas transformações que se verificam ao nível das relações internacionais”, afirmou o brigadeiro. “Se um Estado não tiver um conjunto de objectivos e estratégias para agir fora das suas fronteiras, dificilmente pode ter alguma influência na arena internacional”, frisou, acrescentando que neste contexto as Forças Armadas Angolanas jogam um papel importante na política externa, pois têm como prioridades a defesa, protecção e segurança das fronteiras nacionais.
Anselmo Domingos lembrou que a diplomacia é um instrumento da política externa que deve ser usada, para o estabelecimento e desenvolvimento de contactos pacíficos entre governos de diferentes países.
Fazendo uma resenha dos factos históricos da nossa diplomacia, o brigadeiro Anselmo Domingos acrescentou que a diplomacia já é exercida desde a formação das cidades há milénios, quando os diplomatas eram enviados para as negociações.
No discurso de abertura da jornada, o director do CEFOJOR, Joaquim Paulo, apelou aos jornalistas a dedicarem máxima atenção às matérias relacionadas com a política externa do país e elogiou a iniciativa do Instituto de Defesa Nacional. Durante o dia de ontem, foram ainda apresentados temas como “Cooperação e o enquadramento das Forças Armadas Angolanas na era da globalização” e “As relações civis-militares”, abordados pelo tenente-general Alberto Kizua e pelo coronel Victoriano dos Santos.