Angola congratula-se com adopção do Programa de Acção de Doha
As autoridades angolanas manifestaram quinta-feira, em Nova Iorque (EUA), a sua satisfação com a adopção do Programa de Acção de Doha (Qatar), por conter vários compromissos dos Países Menos Avançados (PMAs).
Este regozijo foi manifestado pelo Representante permanente Adjunto da Missão de Angola na ONU, embaixador João Gimolieca, na abertura da 5ª Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Avançados (PMAs), acrescentando que a adopção do Programa de Acção de Doha neste certame levará ao início da sua implementação.
Segundo uma nota da representação diplomática a que a ANGOP teve acesso, o embaixador acrescentou ainda que o Programa de Acção de Doha será um documento de suporte para Angola que está em processo de graduação, trabalhando na sua Estratégia Nacional de Transição Suave, que culminará com a graduação para País de Renda Média, em fevereiro de 2024.
Neste contexto, as acções deverão estar focadas no investimento nas pessoas, bem como aproveitar o poder da ciência, tecnologia e inovação para combater vulnerabilidades multidimensionais e alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
João Gimolieca destacou também a abordagem das mudanças climáticas, a degradação ambiental, a recuperação da pandemia de Covi-19 e a construção de resiliência contra choques futuros para um desenvolvimento sustentável informado sobre riscos.
Programa de Acção de Doha
O Programa de Acção para a década 2022-2031 é uma nova geração de compromissos renovados e fortalecidos pelos PMAs e os seus parceiros de desenvolvimento, com base nos objectivos abrangentes de alcançar uma recuperação rápida, sustentável e inclusiva da pandemia e construir resiliência contra choques futuros.
Nas suas estratégias prêve ainda a erradicação da pobreza extrema, o fortalecimento dos mercados de trabalho, promovendo a transição do emprego informal para o formal, permitindo a graduação na categoria PMAs, facilitando o acesso a financiamento sustentável e inovador, abordando as desigualdades, dentro e entre países, alavancando o poder da ciência, tecnologia e inovação (STI ).
Leva também em conta a integração do empreendedorismo impulsionado pela tecnologia, trazendo transformação e alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), por meio de parcerias globais revigoradas para o desenvolvimento sustentável com base em meios de implementação ampliados e ambiciosos e apoio diversificado aos PMDs, forjando a mais ampla coalizão possível de parcerias multissetoriais.
A segunda parte da 5ª Conferência das Nações Unidas para os Países Menos Desenvolvidos realizar-se-à em Doha, em Março de 2023, ao nível de Chefes de Estado e de Governo.