Angola com oito infectados sintomáticos

SECRETÁRIO DE ESTADO PARA A SAÚDE PÚBLICA, FRANCO MUFINDA. FOTO: NELSON MALAMBA

SECRETÁRIO DE ESTADO PARA A SAÚDE PÚBLICA, FRANCO MUFINDA.
FOTO: NELSON MALAMBA

22 Maio de 2020 | 22h39 – Actualizado em 22 Maio de 2020 | 22h39

Dos 60 casos positivos de covid-19 em Angola, oito começaram a apresentar sintomas de febre e tosse, um quadro clínico não registado desde que se detectaram os primeiros infectados no país, dia 21 de Março do corrente ano, anunciou esta sexta-feira a Comissão Multissectorial.

De acordo com o secretário de Estado para Saúde Pública, Franco Mufinda, desde o início da pandemia no país, o quadro clínico de todos infectados era assintomático (sem sintomas), mas, nos últimos dias, 13 por cento dos pacientes apresentaram febre alta de 38 graus de temperatua.

Ao falar na habitual actualização de dados sobre a covid-19 em Angola, referiu que 87 por cento desses pacientes (52 pessoas do total de infectados) são assintomáticos e clinicamente estáveis.

Em função do registo do aumento de casos e o surgimento de pacientes com sintomas, o secretário de Estado apela o redobrar de esforços no cumprimento das medidas de prevenção, mantendo sempre o distanciamento social e o uso da máscara.

“A próxima semana poderá ser decisiva, tendo em conta que se vai alargar a base de testagem nas comunidades, facto que impõe as pessoas a ficar em casa”, adiantou o membro da Comissão Multissectorial para Resposta à Pandemia.

Na ocasião, Franco Mufinda deu a conhecer que todos os profissionais da clínica Endiama (com infectados internados) já foram testados com resultados negativos, enquanto os técnicos da Multiperfil (por onde passou o ancião de 82 anos falecido) continuam a espera dos resultados.

Por outro lado, Franco Mufinda informou que ainda nesta sexta-feira a Comissão Multissectorial levou à província da Lunda Sul uma câmara laminar (equipamento laboratorial) para potenciar o laboratório local para a testagem da covid-19, através do “método genexpert”.

Esclareceu que o “método genexpert” é o habitualmente utilizado para o diagnóstico da tuberculose, mas com grande eficácia na testagem dessa pandemia que já infectou 60 pessoas em Angola, com três óbitos, 18 recuperados e 39 activos, sendo 32 de transmissão local.

Os 60 casos positivos confirmados no país envolvem angolanos e estrangeiros de ambos os sexos e faixas etárias.

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