Angola chega a “chapa 100″

SILVIA LUTUCUTA, MINISTRA DA SAÚDE, FALANDO EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA SOBRE A COVID 19, NUM DIA EM QUE ANGOLA REGISTOU O RECORD DE 17 NOVOS CASOS  FOTO: ALBERTO JULIAO

SILVIA LUTUCUTA, MINISTRA DA SAÚDE, FALANDO EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA SOBRE A COVID 19, NUM DIA EM QUE ANGOLA REGISTOU O RECORD DE 17 NOVOS CASOS
FOTO: ALBERTO JULIAO

10 Junho de 2020 | 23h20 – Actualizado em 10 Junho de 2020 | 23h20

Com os novos 17 casos positivos desta quarta-feira, o país chegou ao 113º (centésimo décimo terceiro) infectado com a covid-19, registando, assim o maior número de contaminação diária pela pandemia, desde que se dectectaram os dois primeiros casos em Março último. 

Com os dados desta quarta-feira, Angola bateu o record de casos registados em um dia, superando os oito registados a 24 de Maio. Do mesmo modo, esta acaba sendo a semana mais crítica, com 22 registos em três dias, contra os 21 casos da última de Maio.

A diferença é que os casos da semana em curso são, na sua maioria, importados, evolvendo estudantes provenientes da Rússia, com idades entre os 17 e 34 anos, enquanto que a até então “pior” semana acumulava casos de transmissão local.

Na conferência de imprensa de actualização dos dados das últimas 24 horas, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, reiterou o apelo para se redobrar os métodos de prevenção, lembrando que “no pior cenário não vamos conseguir internar os doentes assintomáticos”.

A também porta-voz da comissão interministerial de combate a covid-19 esclareceu que a região do Futungo, que viveu uma cerca sanitária, não apresenta riscos, ao contrário do que se diz, uma vez que todos os habitantes, sobretudo os suspeitos, foram testados.

Relativamente à cerca sanitária do Hoji-Ya-Henda, a governante disse que “tudo está a ser feito para se levantar ainda esta semana”, numa altura em que já foram testados mais de metade dos três mil habitantes.

Sobre a hipótese de os estudantes provenientes da Rússia infectarem outras pessoas que estão em quarentena nos mesmos hotéis, explicou  que tal dependerá do comportamento de cada um. “Mas sabemos que a juventude as vezes não cumpre”, advertiu.

Noutra parte da sua intervenção, a ministra falou dos cidadãos portugueses que alegadamente importaram casos de Angola, informando que, depois de se descartarem três dos seis casos, o país continua a aguardar pelos relatórios dos resultados do último trio.

“Há conversações directas entre os ministérios das Relações Exteriores de Angola e dos Negócios Estrangeiros de Portugal. O que podemos dizer é que continuamos a esperar”, reiterou.

Segundo o Boletim Epidemiológico, o país conta até ao momento, com 113 casos positivos (51 importados e 62 de transmissão local), dos quais quatro óbitos, 40 recuperados e 69 activos.

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