Angola aponta causas do fluxo de refugiados em África

SECRETÁRIO DE ESTADO PARA AS RELAÇÕES EXTERIORES, TETE ANTÓNIO (ARQUIVO) FOTO: FOTO CEDIDA

SECRETÁRIO DE ESTADO PARA AS RELAÇÕES EXTERIORES, TETE ANTÓNIO (ARQUIVO)
FOTO: FOTO CEDIDA

O secretário de Estado para as Relações Exteriores, Tete António, reconheceu quinta-feira, em Genebra (Suíça), que o fluxo de refugiados registado em África é fruto dos conflitos e das dificuldades socioeconómicas que o continente ainda enfrenta.

11 Outubro de 2019 | 12h39 – Actualizado em 11 Outubro de 2019 | 12h38

Para Tete António, que falava no Palácio das Nações durante o Segmento de Alto Nível da 70ª Sessão do Comité Executivo do Programa do Alto Comissariado das Nações Unidas sobre os Refugiados (ACNUR), “essa tendência justifica as preocupações repetidamente expressas quanto ao risco que representa na redução dos recursos destinados à assistência humanitária”.

No encontro que termina hoje (sexta-feira), o secretário de Estado sublinhou que o Governo angolano tem redobrado esforços para promover e proteger o direito dos refugiados, bem como assegurar a gestão do regresso voluntário destes aos países de origem.

Em nota de imprensa, a Missão Permanente da República de Angola Junto das Nações Unidas em Genebra refere que durante o encontro os delegados foram igualmente informados do Acordo alcançado entre Angola, o ACNUR e a República Democrática do Congo, na sequência da primeira reunião tripartida decorrida em Luanda de 22 a 23 de Agosto de 2019, sobre a situação dos 23.684 refugiados congoleses da província de Kasai.

Na sua intervenção Tete António esclareceu que este acordo “define o Plano de Acção para o regresso voluntário dos refugiados congoleses que vivem em Angola, entre os quais 16.177 manifestaram já o desejo do regresso voluntário à RDC”.

A ocasião serviu para o responsável explicar aos delegados que o Governo de Angola continua a trabalhar com o ACNUR para harmonizar e partilhar os dados biométricos dos refugiados, assim como facilitar o processo de monitorização daqueles que já não se encontram nos Centros de Acolhimento.

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