Angola agradece apoio do Governo russo

Fotografia: Dombele Bernardo

Fotografia: Dombele Bernardo

O ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, recebeu ontem, em Luanda, uma obra que reúne Cartas Topográficas usadas pelas ex-Forças Armadas de Libertação de Angola (FAPLA) durante a luta de libertação nacional e da defesa da soberania.

A obra, que agrupa toda topografia nacional, veio do museu militar da Federação Russa e foi entregue pelo presidente da Associação dos Veteranos Russos na Guerra em Angola, Vadim Sagatchko, durante a cerimónia de outorga de medalhas a 21 generais das Forças Armadas Angolanas no activo e na reserva, que agora fazem parte do quadro de honra da Associação dos Veteranos Russos na Guerra em Angola.
O acto de outorga de medalhas aos generais das FAA e de veteranos russos na guerra em Angola teve lugar no salão nobre do Ministério da Defesa Nacional e teve como objectivo reconhecer e fortalecer a amizade existente entre Angola e a Federação Russa.
João Lourenço disse que os beneficiários dessas medalhas sentem-se orgulhosos e satisfeitos, apesar de não serem os únicos merecedores. “Estamos aqui para representar os milhões de angolanos que combateram e combatem até hoje para a liberdade de todo o povo”, disse o ministro da Defesa Nacional. Segundo João Lourenço, por razões da conjuntura internacional, na época caracterizada pela guerra fria, Angola foi alvo de muita cobiça por parte das potências ocidentais que resultou na invasão em duas frentes, Norte e Sul. Os filhos de Angola, acrescentou, souberam evitar que a pátria caísse nas mãos dos invasores imperialistas.
E acrescentou: “a vitória merecida aos angolanos nas duas frentes de combate não teria fruto sem a ajuda do povo russo”.
O apoio militar da ex-União Soviética ao povo angolano, acrescentou, começou antes da independência de Angola no domínio da defesa e de forma multifacetada e contínua. “Esses valorosos combatentes russos que se encontram de visita a Angola são veteranos da nossa guerra e não de uma outra guerra”, sublinhou João Lourenço. “Lado a lado com os combatentes angolanos, nas trincheiras, eles passaram as mesmas dificuldades e perigos para ajudar na defesa da nossa soberania”, disse, acrescentando que os dois dias de visita da comitiva russa a Angola e, em particular ao Cuito Cuanavale, são de grandes lembranças para todos aqueles que receberam as medalhas em representação dos milhões de angolanos tombados nas frentes de combate.

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