Angola acelera integração no comércio da comunidade

Fotografia: Santos Pedro

Fotografia: Santos Pedro

O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti disse ontem ser importante para Angola acelerar  as suas políticas em termos de integração na SADC, particularmente na área do comércio com os países da região.

O ministro falava ontem em Harare, onde representa o Chefe de Estado Angolano, José Eduardo dos Santos, na Cimeira Extraordinária da SADC que começa hoje, e referiu que Angola assinou acordos de comércio transfronteiriço com a RDC e  pretende, brevemente, cooperar com a Namíbia e Zâmbia.
“Esta cimeira  tem uma grande expectativa, na medida em que é o momento em que Angola define as suas políticas de integração na região”, realçou o ministro das Relações Exteriores.
Georges Chikoti referiu que o Executivo angolano pretende concluir o plano de integração regional até 2017, com a concretização de acordos para poder usufruir das transacções comerciais numa altura em que está num processo de diversificação da  economia para reduzir os custos com as importações de produtos.
Georges Chikoti explicou que a integração na região reduz os custos com os produtos que Angola venha a importar e exportar. O ministro disse que Angola espera que a Cimeira dos Chefes de Estado adopte documentos importantes para a SADC e que a sua execução seja acelerada.
Relativamente à cimeira tripartida COMESA (Mercado Comum da África Oriental e Austral), EAC (Comunidade dos Estados da África Central) e SADC, em preparação, Georges Chikoti  frisou que se esperam progressos importantes. “Há países que já deram passos importantes, como o Botswana, mas para Angola a prioridade é a conclusão do plano de integração económica na área do comércio livre, um dos objectivos que a região procura atingir desde há algum tempo”, sublinhou Georges Chikoti, referindo que, comparativamente a outras comunidades económicas, a SADC está atrasada na conclusão do plano de comércio livre e este facto prejudica as exportações. Angola ainda não aderiu à zona de comércio livre na região pelo facto de ter atravessado um longo período de guerra e, uma vez alcançada a paz, tornava-se urgente recuperar as infra-estruturas económicas, com realce para a industrialização do país, acrescentou Georges Chikoti.
Esta é a primeira vez que a região vai adoptar uma estratégia e um roteiro para a industrialização e  rever o plano de desenvolvimento regional.
A cimeira extraordinária decorre sob o lema “Uma estratégia regional para os caminhos da industrialização” e Angola, segundo  Georges Chikoti, espera que na reunião se assumam os investimentos feitos em termos de desenvolvimento.
“O Caminho-de-Ferro de Benguela, cujos 1.300 quilómetros de extensão foram construídos por Angola até à fronteira, faz parte dos esforços dos Estados membros em termos de desenvolvimento regional”, concluiu o ministro das Relações Exteriores.

 

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