Agressão às forças de defesa resulta em morte

PORTA-VOZ DO MINISTÉRIO DO INTERIOR, WALDEMAR JOSÉ. FOTO: NELSON MALAMBA

PORTA-VOZ DO MINISTÉRIO DO INTERIOR,  WALDEMAR JOSÉ.
FOTO: NELSON MALAMBA

Um cidadão perdeu a vida nesta semana, na Lunda Norte, por desobedecer às regras de prevenção da Covid-19 e agredir um efectivo das forças de defesa e segurança nacional, esclareceu no domingo, em Luanda, o porta-voz do Ministério do Interior, Waldemar José.

Ao fazer o balanço da primeira semana do quarto Estado de Emergência, o subcomissário informou que a acção ocorreu quando um militar tentou sensibilizar alguns cidadãos que se encontravam na via pública a obedecerem às medidas de prevenção do novo coronavírus, mas insurgiram-se contra o efectivo, colocando em causa a sua integridade física.

O responsável referiu que o militar foi obrigado a fazer recurso a uma arma de fogo, com a intenção de dispersar os agressores, mas lamentavelmente atingiu um cidadão que acabou por falecer.

De acordo com o porta-voz, se, no caso em concreto, não houver justificação plausível do facto ou de exclusão da ilicitude, o militar será responsabilizado, cabendo aos magistrados do Ministério Público e judicial fazer a sua parte.

O cenário, prosseguiu, também foi verificado na madrugada do dia 15 deste mês, em Luanda, onde alguns cidadãos que estavam a consumir bebidas alcoólicas ao longo da via pública foram orientados a regressar a casa, mas acabaram por agredir os efectivos, obrigando-os a efectuarem disparos, que atingiram o abdómen de um dos agressores.

Afirmou que o cidadão atingido foi prontamente socorrido e está fora de perigo.

Segundo Waldemar José, a constante desobediência dos cidadãos e o enfrentamento aos efectivos das forças de defesa e segurança nacional têm motivado o uso da força e de meios disponíveis aos militares e polícias.

Quanto ao vídeo que circula nas redes sociais sobre a agressão física, com cinturão, de um efectivo das Forças Armadas Angolanas (FAA) a um cidadão, o subcomissário reprovou esse acto isolado e assegurou estarem em curso as devidas diligências para a responsabilização disciplinar e criminal do respectivo militar.

Ainda em Luanda, alguns cidadãos foram detidos por promover poluição sonora e agredir um chinês, causando danos na sua residência, avaliados em mais de 70 milhões de kwanzas.

Para evitar cenários semelhantes, o oficial reitera o apelo aos cidadãos para acatarem as orientações das forças de defesa e segurança, a fim de se preservar o bem vida.

Além dessas agressões, referiu também que as pessoas continuam a violar a cerca sanitária imposta pelo Estado de Emergência em Luanda, usando os camiões de carga para sair e entrar na capital do país.

A título de exemplo, doze cidadãos foram detidos na fronteira entre a província do Bengo e Luanda, pois pretendiam entrar na cidade capital de forma camuflada num camião de mercadoria.

No Cuanza Sul, foram detidos oito cidadãos que saíam de Luanda para aquela província.

A par dessas violações, também se tem registado a camuflagem de combustível e medicamentos no meio de outras mercadorias, essencialmente para a saída de Luanda.

Nesse período, foram apreendidos mais de 29 mil litros de combustíveis à saída de Luanda, assim como 77 caixas de medicamentos em trânsito do Zaire para Luanda.

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