Agentes turísticos reforçam experiências
A agência oficial de turismo da África do Sul, South African Tourism, convidou operadores angolanos para tomarem contacto com a realidade local e incentivar o estabelecimento de parcerias.
Durante dez dias, os representantes de agências de viagens e turismo visitaram a Cidade do Cabo, Joanesburgo, Pretoria, Sun City e Durban, onde conheceram vários locais de interesse turístico.
Além das visitas, os 20 operadores angolanos participaram num seminário em Joanesburgo, que contou com a presença de representantes das cadeias de hotéis da África do Sul e agentes turísticos locais, de Moçambique, Tanzânia, Uganda, Gana e Zimbabué.
O operador de turismo angolano Alberto Jorge considerou a viagem uma experiência fascinante. “A África do Sul é um dos grandes países em termos de hospitalidade e número de entradas de turistas”, reconheceu. “Fomos buscar aquilo que consideramos um valor acrescentado para desenvolver a nossa actividade em Angola”, assinalou.
Para Alberto Jorge, o ‘FamTrip’ veio proporcionar um contacto com os operadores muito bem experimentados no que diz respeito a receptivos, numa altura em que Angola promove investimentos no sector turístico, no âmbito do processo de diversificação das fontes de receitas do Orçamento Geral do Estado. O agente de viagens entende que Angola não pode ser diferente, agora que se sabe que o país precisa de diversificar a economia. “Se o país não se abre para o turismo, muito dificilmente os operadores do sector se realizam, pois, quando se fala de diversificação de economia não se pode falar de forma titubeante sobre o turismo”.
Angola pretende receber até 2020 cerca de 4,7 milhões de turistas estrangeiros. Dados do Instituto de Fomento Turístico de Angola (INFOTUR) indicam que o país prevê a criação de um milhão de postos de trabalho directos e indirectos, nos próximos quatro anos. Para o INFOTUR, “o património cultural, o desporto, o sol, o mar e a natureza estão presentes em Angola como componentes fundamentais para as economias de escala e investimento no campo turístico”.
O plano de fomento turístico defende que o estímulo do turismo passa também pela “captação de parcerias internacionais, potenciar a oferta turística e hoteleira, assim como dinamizar as agências de viagens e promover as riquezas naturais.
Na óptica do INFOTUR, o sector turístico em Angola deve ser encarado como actividade transversal, sendo uma das mais complexas cadeias de valor da economia do país, permitindo também apostar na criação das ferramentas necessárias à organização e desenvolvimento da área.
O Plano Director do Turismo contempla a criação de três pólos de desenvolvimento turístico (Calandula, Cabo Ledo e Bacia do Okavango), o que permitiu um desenvolvimento considerável da actividade turística do país.