Agentes da Interpol têm livre circulação
O ministro do Interior, Ângelo Veiga Tavares, e o secretário-geral da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), RonaldNoble, assinaram quarta-feira no Mónaco um acordo de cooperação sobre o reconhecimento dos documentos de viagem daquela organização internacional.
Uma fonte oficial citada pela Angop refere que o Governo de Angola e a Interpol comprometem-se em facilitar a entrada e circulação em Angola dos funcionários dos órgãos encarregados da aplicação da Lei dos Estados membros da Interpol que detenham os documentos de viagem da organização, nomeadamente, o passaporte biométrico e o cartão de identificação electrónico, acompanhados dos respectivos passaportes nacionais.
Nos termos do acordo, os funcionários angolanos podem igualmente circular pelo território dos Estados membros da Interpol para diligências que julguem necessárias na prossecução de investigação, prevenção e combate ao crime transnacional organizado, sem necessidade de vistos de entrada.
Segundo o ministro angolano do Interior, este acordo visa ultrapassar todos os constrangimentos burocráticos inerentes à aquisição de vistos e facilitar a circulação, com maior celeridade,dos funcionários dos órgãos encarregadosde aplicar a lei, que enfrentam a criminalidade internacional. O acordo entre o Governo de Angola e da Interpol sobre o reconhecimento do documento de viagem da Interpol é válido por um período de cinco anos, mas em circunstâncias excepcionais as duas partes têm o direito de o suspender.
O ministro do Interiordeixou ontem o Mónaco, de regresso a Angola, depois de ter participado nos trabalhos da 83ª Assembleia Geral da Interpol. A Assembleia, iniciada segunda-feira, encerra formalmente os seus trabalhos hoje, sendo que, com o regresso de Ângelo Veiga, a delegação angolana passa a ser chefiada pelo comandante-geral da Polícia Nacional de Angola (PNA), Ambrósio de Lemos. Nesta 83ª Assembleia Geral da Interpol estão a ser discutidos temas que se prendem com a criminalidade transnacional, designadamente, terrorismo, tráfico de seres humanos e de drogas, imigração ilegal e crime cibernético.
A presidente da Interpol, MireilleBallestrazzi, sublinhou que a organização é um vector importante para a segurança mundial, em concertação com outros organismos, como as Nações Unidas. MireilleBallestrazzi fez esta afirmação quando discursava na cerimónia de abertura da Assembleia Geral da Interpol.