Agências realçam o papel do empreendedor
Um relatório da Agência Africana de Consultoria em Comunicação Djembe Communications e da associação Forbes Insights revela que 55 por cento dos mil angolanos inquiridos, com idades entre os 16 e 40 anos, acredita que o empreendedorismo tem um papel importante no desenvolvimento da economia nacional.
A Angop noticiou ontem, em Luanda, que o estudo revela que 48 por cento dos inquiridos advogam que alargar o acesso à educação e estreitar a lacuna de competências técnicas são a chave que impulsiona a criação de postos de trabalho para os jovens africanos, seguida pelos avanços tecnológicos (33 por cento) e empreendedorismo (31 por cento).
Os resultados mostram que cerca de 38 por cento acredita que o sector da Educação em Angola deve gerar a maior parte dos empreendedores até 2020, seguido pelos sectores da Agricultura e actividades agrícolas (37 por cento) e Recursos Naturais (35 por cento).
O documento indica que 44 por cento dos inquiridos cita a criação de postos de trabalho como o tema nacional de maior importância, 51 por cento prefere iniciar o seu próprio negócio do que trabalhar para uma organização, 34 por cento advoga reinvestimentos nos recursos naturais, 32 por cento em redes de apoio, 23 por cento no Governo e 23 por cento são considerados impulsionadores do empreendedorismo.
O relatório, intitulado “Criação de Emprego na África Subsaariana: Empreendedores. Governos. Inovação”, resulta de um estudo feito a quatro mil africanos, em Angola, Ghana, Moçambique e Nigéria.
Estes resultados foram apresentados numa mesa-redonda realizada em Luanda com especialistas da indústria regional e mundial, com a presença do ministro angolano da Economia, Abrahão Gourgel, Fizeram parte do encontro, Felix Bikpo, director executivo do Fundo de Garantia Africano, José Severino, presidente da Associação Industrial de Angola, Max Alier, representante residente do Fundo Monetário Internacional em Angola, e Luís Leitão, director da Forbes-Angola.
“Estamos gratos pela pesquisa realizada pela Djembe Communications e a Forbes Insights”, comentou o ministro da Economia, Abrahão Gourgel. “É crucial que Angola promova um ambiente que impulsione o espírito empresarial”, recomendou o ministro, que acrescentou: “Estou convencido de que esta é mais uma contribuição para promover uma cultura empresarial moderna e mais sólida, entre os nossos empreendedores e uma atitude que pode ajudar a gerar muitos novos empregos e acelerar a diversificação da nossa economia.” Durante o evento, Mitchell Prather, director da Djembe Communications, afirmou que entre os quatro países onde foram realizados inquéritos, os angolanos foram os que mais importância deram à educação e ao próprio sector da Educação, no sentido de impulsionar a criação de emprego e de propiciar o surgimento de uma nova geração de empreendedores angolanos nos próximos cinco anos.
Mitchell Prather disse que estas tendências são indicativas de que os jovens angolanos apelam, cada vez mais, por infra-estruturas fortes na área da Educação, de modo a que seja possível reduzir as lacunas em competências profissionais e tornar o campo de acção mais equitativo, para que se possa aceder aos empregos que estão, actualmente, a ser ocupados por expatriados ou, até mesmo, iniciarem o seu próprio negócio. Segundo a pesquisa, mais de metade dos jovens angolanos inquiridos (51 por cento) mostrou um interesse em formar o seu próprio negócio, mas referiram a corrupção e a falta de transparência nos negócios (42 por cento), bem como o acesso inadequado à educação e à especialização profissional (32 por cento) como as principais barreiras ao empreendedorismo.
A Djembe Communications é uma agência de consultoria independente, pioneira no ramo em toda a África, cuja missão é tornar-se a parceira de eleição para a comunicação na África Subsaariana, combinando um “know-how” global com as competências do mercado local e soluções adaptadas e, assim, entregar os melhores serviços de consultoria aos seus clientes.