Agência dos recursos minerais pode operar em 2020

JÁNIO DA ROSA CORREIA VICTOR, SECRETÁRIO DE ESTADO PARA GEOLOGIA E MINAS
FOTO: FRANCISCO MIÚDO
22 Novembro de 2019 | 17h13 – Actualizado em 22 Novembro de 2019 | 17h09
O Executivo angolano vai extinguir a Empresa Nacional de Ferro de Angola (Ferrangol), para criar a Agência Nacional dos Recursos Minerais, que vai acompanhar, controlar e fiscalizar a actividade mineira no país.
Falando na cerimónia de encerramento da 1ª Conferência e Exposição Internacional sobre o Sector Mineiro que decorreu de 20 a 21 deste mês, Jânio Victor garantiu que com esta acção pretendem impulsionar e intensificar a actividade do sector no país, a médio e longo prazos, promovendo a prospecção, pesquisa e desenvolvimento.
No quadro da nova política do sector, a Endiama e Sodiam são outras duas empresas tuteladas pelo Ministério da Geologia e Minas que também vão merecer reformas.
Uma parte, isto é, 50% da Endiama será diluída e vai para a Bolsa e a Sodiam será transformada numa bolsa de diamantes de Angola, segundo Jânio Victor.
“Ainda no quadro da nova política do sector mineiro em Angola para área geológica e mineira, as empresas vão abdicar do seu core business e haverá a formação da agência nacional dos Recursos Minerais que vai fazer o acompanhamento, controlo e fiscalização das actividades em Angola”, afirmou o responsável.
Significa que, uma boa parte das actividades desde a prospecção, manufacturação e comercialização passa a ser feita por investidores nacionais e estrangeiros.
O Executivo continua a atrair as maiores empresas mineradoras do mundo, tendo já representantes como a Alrosa (russa), a Anglo American, estando em negociações avançadas a vinda da empresa britânica Rio Tinto Company.
Contratos recentes foram assinados com a Tosyali Holding, a Blue Glacier que apostam na instalação de fábricas de dilapidação de diamantes no Pólo de Desenvolvimento Diamantífero do Saurimo, Lunda Sul e a reabertura da mina de Kassinga, província da Huíla.