Aeroporto de Luanda operacional em breve

Fotografia: Rogério Tuti
O novo aeroporto internacional de Luanda fica concluído entre 2016 e 2017, garantiu ontem, em Luanda, o ministro dos Transportes, Augusto da Silva Tomás.
A estrutura está a ser erguida nos arredores de Luanda desde 2007. Situado a 40 quilómetros da capital, em Viana, o novo aeroporto terá duas pistas em condições de receber o maior avião comercial do mundo, o Airbus A380. Os terminais vão ter 31 mangas, 20 das quais para a área internacional e 11 para a doméstica.
O ministro falava na cerimónia de inauguração do novo avião que a Transportadora Aérea Angolana (TAAG) adquiriu à Boeing, oficialmente inaugurado ontem pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, depois de aterrar no aeroporto internacional “4 de Fevereiro”, proveniente dos Estados Unidos da América.
O Vice-Presidente da República cortou oficialmente a fita do avião, baptizada como “Ebo”, o primeiro da frota TAAG com todos os sistemas de segurança, acesso à Internet e com serviço de chamadas telefónica a bordo.
Na cerimónia de inauguração, o ministro dos Transportes, Augusto Tomás, disse que o avião é o primeiro dos três novos aviões do mesmo modelo que a TAAG pretende adquirir até o primeiro semestre de 2016. A entrega do segundo 777-300 ER está prevista para Dezembro de 2015 e o terceiro chega em Março de 2016. Augusto Tomás indicou que as três aeronaves vão suportar o crescimento do tráfego de passageiros, com a inauguração do novo aeroporto internacional de Luanda, previsto para 2017.
“A visão do Executivo para o sector aéreo, passa pela criação de uma placa regional que seja o epicentro das ligações da África central e austral ao resto de África e no mundo”, disse. O ministro dos Transportes considerou que a TAAG deve ser uma companhia nacional de bandeira mais forte e desenvolver uma estratégia que visa alcançar importantes fluxos de tráfego aéreo.
Augusto Tomás assegurou que está a ser avaliado um novo modelo inclusivo, combinando sinergias entre os sectores público e privado para a definição de uma nova tipologia de aeronaves mais adequadas às necessidades.
“A superação desses desafios requer mais capacidades a nível das melhores práticas mundiais, sendo necessário manter as relações de parceria estratégica, tornando a TAAG mais sustentável a nível económico e financeiro”, referiu.
Em relação à denominação “Ebo” atribuída ao novo avião, o ministro lembrou que é uma homenagem a província do Cuanza Sul, onde duras batalhas foram travadas durante o período de luta pela independência nacional.
O presidente do conselho de administração da TAAG, Joaquim da Cunha, disse que a nova aeronave custou ao Estado 1,84 mil milhões de kwanzas (184 milhões de dólares), através de um financiamento de bancos nacionais e uma entidade americana.
“O financiamento da aeronave foi através de recursos privados, do sindicatos de bancos liderado pelo BNI, o EximBank (dos Estados Unidos da América) e o HSBC (da Inglaterra)”, explicou o ministro dos Transportes.
O Boeing 777-300 tem capacidade para 293 passageiros, dos quais 12 em primeira classe, 56 em executiva, e 225 em económica. Encomendado há dois anos, o novo avião da frota de longo curso da TAAG foi oficialmente entregue no dia 16, em Seattle, Estados Unidos.
O responsável indicou que o Boeing 777-300 ER vai facilitar o fluxo de passageiros entre a América do Sul e a África Austral, extremo e Médio Oriente e África austral. A TAAG faz voos regionais para a África do Sul, Cabo Verde, Douala (Camarões), Namíbia, Ponta Negra, São Tomé e Príncipe, Zâmbia e Zimbabwe. As rotas intercontinentais da TAAG incluem Portugal, Brasil, China, Cuba e Dubai.