Acordo com Rússia na área do minério

Fotografia: Dombele Bernardo

Fotografia: Dombele Bernardo

Angola e a Rússia assinam hoje, em Moscovo, durante a terceira reunião da Comissão Mista Inter-governamental, que se realiza anualmente, acordos nos domínios da Geologia e Minas, Pescas e Educação.

O acordo no sector das pescas destina-se a desenvolver projectos de aquicultura e o da Educação a incrementar a formação de quadros, disse à Angop o ministro da Geologia e Minas. Francisco Queiroz afirmou que os dois países vão analisar todos os acordos, memorandos e instrumentos jurídicos existentes, a forma como são desenvolvidas as relações bilaterais e perspectivar mais áreas de cooperação.
As trocas comerciais entre os dois países, referiu o ministro, são equilibradas, multissectoriais e favoráveis a Angola, que importa da Rússia essencialmente equipamentos, conhecimento e tecnologia. Angola, disse, tem bastante interesse na tecnologia russa, sobretudo a nível militar e das telecomunicações.
Em Angola, a multinacional russa de diamantes, Alrosa, está presente na Sociedade mineira do Catoca (SMC), na Província da Lunda-Sul, onde há anos explora aquele que é considerado o quarto maior kimberlito do mundo.
Segunda-feira, Angola apresentou, em Luanda, a sua estratégia na presidência do Processo Kimbeley tendo o ministro de Geologia e  Minas, Francisco Queiroz mostrado a disponibilidade do país em partilhar a sua experiência na gestão da exploração artesanal de diamantes com outros membros.
Francisco Queiroz defendeu, como desafio, o regresso dos diamantes da República Centro Africana ao mercado certificado e a admissão de Moçambique ao Processo Kimberley, cuja finalidade é a certificação da origem dos diamantes para evitar a compra de pedras originárias de áreas de conflito. Sublinhou que na presidência, o país vai contactar com novos potenciais membros, como o Liechenstein, Kuwait e Chile, assim como continuar a dialogar com a Venezuela para o seu regresso à organização.
Francisco Queiroz defendeu, igualmente, um ambiente favorável ao debate de “questões sensíveis” que preocupam os membros da organização para que seja incluso e responda ao carácter democrático da organização e atenda a todas as sensibilidades.
O ministro de Geologia e Minas sublinhou que a aposta no diálogo tem permitido a recolha de experiências de outros países, assim como transmitir  a posição de Angola na área dos diamantes.
Francisco Queiroz garantiu, na presença de membros do corpo diplomático acreditado em Angola, a continuidade do trabalho com os governos, empresas e a sociedade civil para manter a credibilidade que o Processo Kimberley já granjeou.

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