AIA aponta passos para que Angola seja graduada a país de renda média

FOTO: GASPAR DOS SANTOS

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O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, apontou hoje, em Luanda, o melhoramento do ambiente de negócios interno como uma das soluções para que a Angola seja graduado com unanimidade para classe da renda média.

Em declarações à Angop, à margem do II Workshop sobre processo de graduação de Angola dos Países Menos Avançados para País de Rendimento Médio, José Severino disse que para além da melhoria do ambiente de negócios, deve-se alterar a Lei de Investimento Privado, resolver os problemas dos vistos, da transparência e da realização de concursos públicos.

Relativamente a concursos públicos, o responsável, que participa no encontro na qualidade de membro da sociedade civil, referiu que a adjudicação de obras devem obedecer alguns critérios como o de concurso público nacional e em alguns casos, concursos internacionais.

Ainda sobre as condições que Angola deve possuir para sair da actual classificação, disse ser necessário aumentar o rendimento per capita, que inicialmente foi com base em 18 milhões de habitantes, antes da realização do Censo Geral da População e Habitação, mas agora deve ser com referência de 24 milhões de habitantes. “Isso vai influenciar negativamente no rendimento médio de cada cidadão”, considerou o responsável.

Segundo José Severino, o governo tem como grande desafio o programa da diversificação da economia e o aumento da produção, uma estratégia reconhecida pelos representantes das Nações Unidas e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUD.

Na sua óptica, a destruição de infra-estruturas e das bases económicas, fluxo migratório do campo para cidade, debilidades no tecido humano, quer no sector da saúde quer no da educação, que a guerra causou, impossibilitou o desenvolvimento do país.

“ Para que Angola saia da lista dos países menos avançados para de rendimento médio tem que continuar com os programas que visam garantir o desenvolvimento humano, as questões relacionados com a saúde e educação, programas de combate à pobreza e  igualdade de género”, disse o presidente da AIA.

De acordo com o responsável, o encontro, que congrega a sociedade civil, membros do governo e das Organização das Nações Unidas (ONU) e do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), vai permitir encontrar soluções para que a eleição de Angola prevista para Dezembro, seja um facto, assim como explicou que o evento visa encontrar modelos internacionais que já estão a ser aplicados em outros países e adequá-los à  realidade de Angola. Angola foi integrada na lista dos país menos avançado em 1994, através da resolução nº 49/133 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

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