Comissão do Conselho de Ministros avalia programa nacional de desminagem

FOTO: ANGOP

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O memorando sobre a implementação do Programa Nacional de Desminagem e o seu contributo para a estabilidade e desenvolvimento do país foi avaliado hoje, terça-feira, pela Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros.

O documento faz um balanço das acções de desminagem realizadas em todo o território nacional, o que tem permitido ao Executivo realizar programas e projectos destinados à satisfação das necessidades das populações e do desenvolvimento do país.

A nota da reunião orientada pelo Vice-presidente da República, Manuel Vicente, refere que o processo de desminagem tem incidido principalmente nos domínios da agricultura, da construção de estradas e de linhas férreas, do urbanismo e habitação, da energia eléctrica, das telecomunicações e da indústria extractiva.

 João Baptista Kussumua, ministro da Assistência e Reinserção Social, que superintende o Instituto Nacional de Desminagem, declarou que o processo decorre a bom curso e a tropa e outros operadores (sapadores) estão no terreno, visando optimizar os esforços para a diversificação da economia nacional, evitando a dependência total do petróleo.

Disse que o programa tem permitido o alargamento das áreas aráveis, a reabilitação e construção de estradas e de infra-estruturas de produção, transportes e distribuição de electricidade, telecomunicação (implantação da fibra óptica), turismo e hotelaria, comunicações.

“Se a economia não deve depender só do petróleo (…) a desminagem é um elemento essencial para a diversificação da economia nacional, para permitir a circulação de pessoas e bens com toda a segurança”, realçou.

João Baptista Kussumua disse que o terreno já “limpo”, “equivalente a 500 mil campos de futebol”, é como se estivesse numa linha recta do Gabão à Cidade de Cabo, de comprimento, e com uma largura de um quilómetro.

O ministro afirmou que a extensão já desminada permite que, com toda a segurança, as actividades possam correr com toda tranquilidade e normalidade.

“Está a ser feita uma desminagem pormenorizada, milímetro a milímetro, por não existir croquis de localização dos campos minados. O que está ser feito é uma limpeza nacional para eliminar todas as dúvidas”, reforçou.

Informou que já foram removidas cerca de 444 mil minas anti-pessoal, cerca de 25 mil anti-tanque, 29 anti-locomotivas e mais de cinco milhões de engenhos explosivos, evitando milhares de mortes.

O ministro disse que decorre um processo de limpeza do solo e que os quase quatro mil homens no terreno (sapadores) tem cumprido a missão com êxito e obtido resultados positivos, evitando mortes e alargando as terras para circular e viver.

Disse que apesar das limitações financeiras não há nada que possa impedir a continuidade do plano nacional de desminagem dentro dos limites e condições que as circunstâncias impõem.

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