“Aldeia Solar” em expansão

Fotografia: Dombele Bernardo

Fotografia: Dombele Bernardo

O programa “Aldeia Solar”, lançado pelo Executivo no quadro do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2013-2017, permitiu até ao momento a electrificação de 48 aldeias em distintas regiões do país e beneficiou 100 mil famílias, revelou ontem o ministro da Energia e Águas.

João Baptista Borges, que prestou a informação à imprensa, à margem do seminário sobre “Electrificação rural com energia solar”, que decorre deste ontem em Luanda, disse que a meta do Executivo é produzir até 2025 cerca de 100 megawatt de energia solar para todas as zonas rurais, num investimento estimado em 150 milhões de dólares.
“Esta capacidade vai destinar-se a atender apenas o meio rural, onde vive grande parte da população angolana com diversas necessidades, como água, luz, habitação, saúde e educação. O objectivo é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, disse o ministro, salientando que o Executivo está apostado em quadruplicar a capacidade de geração de energia até 2025, maioritariamente através de fontes renováveis.
Além de beneficiar a população, o projecto estende-se, igualmente, para a iluminação de escolas, hospitais, administrações municipais e comunais. “O país tem condições climatéricas para desenvolver projectos de energias limpas mais sustentáveis”, afirmou João Baptista Borges.
Outras acções em curso na área da produção de energia estão a ser desenvolvidas pelo Executivo, designadamente a reabilitação e modernização da primeira central de Cambambe, o alteamento da Barragem e a construção da segunda central. Após a conclusão dos trabalhos, este projecto tem uma capacidade instalada capaz de produzir 960 Megawatt. “Vamos desenvolver, em particular, a capacidade energética do Médio Kwanza, com um potencial de cerca de sete mil megawatt. Neste momento, estamos a construir o aproveitamento hidroeléctrico de Laúca, o qual, uma vez concluído, acrescenta 2,6 mil megawatt ao sistema eléctrico nacional”, sublinhou.
Durante o actual quinquénio 2013/2017, o Executivo inicia a construção do empreendimento Caculo Cabaça, com uma capacidade de geração de 2,1 mil megawatt. No Soyo, vai ser construída uma central de ciclo combinado, com capacidade de produção de 750 megawatt, para atender o norte do país, em particular Luanda. Estas centrais, hidroeléctricas e térmicas, vão gerar cerca de cinco mil megawatt.O ministro garantiu que o Executivo tem recebido apoios de vários países, como Estados Unidos, na elaboração de projectos de diversificação das fontes de produção de energia eléctrica. Os EUA estão também a auxiliar Angola na preparação de um estudo que visa a extensão das redes de transporte de energia em todo o território nacional.
A embaixadora dos Estados Unidos em Angola, Helena La Lime, realçou que este estudo vai permitir a interligação dos três sistemas – Norte, Centro e Sul. Os EUA, reafirmou, vão continuar a apoiar os projectos do Executivo em vários domínios, principalmente em relação à energia eléctrica.
“No quadro da parceria estratégica que temos mantido com Angola, pretendemos levar adiante várias acções de formação neste sector para que os angolanos tenham mais conhecimento sobre as energias renováveis”, acentuou a diplomata.
O seminário, que decorre até dia 27 deste mês, visa capacitar os quadros do Ministério da Energia e Águas em matéria de energia solar no meio rural. Ministrado por especialistas americanos em energia solar, os participantes vão abordar temas relacionados com a concepção de projectos de energias solares e suas componentes.

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