Angola tem alto desempenho

Fotografia: Eduardo Pedro

Fotografia: Eduardo Pedro

A indústria angolana representa 8,6 por cento do Produto Interno Bruto, a terceira maior média dos países da SADC, disse ontem, em Luanda, o ministro do Planeamento na abertura de uma reunião sobre Desenvolvimento da Estratégia e Roteiro da Industrialização.

Job Graça, que também é presidente da Comissão de Angola na SADC, afirmou que a indústria nacional apenas é suplantada pelas da África do Sul (16,5) e Moçambique (13).
Os países da região, referiu, têm um desempenho baixo se comparado com o do Brasil, onde o sector constitui 28 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). O ministro do Planeamento  declarou haver expectativas da elevação do papel da indústria na evolução da economia angolana, sobretudo por o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2013-2017 contemplar um programa de diversificação económica para diminuir a dependência das importações e promover o progresso tecnológico.
Job Graça também disse ter esperança que a preparação da Estratégia e Roteiro da Industrialização da SADC – que começou em Outubro e termina este mês -, acelera a produção industrial e eleve os níveis de contribuição do PIB.
A revisão em curso das prioridades do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional entre 2015 e 2020, prosseguiu, vai diversificar a estrutura industrial e das exportações. O ministro revelou que uma equipa técnica da SADC, coordenada pelo Secretariado Executivo e consultores de todos os Estados-membros, elabora a redacção dos termos de referência, realiza seminários de orientação, estudos nacionais e reuniões consultivas sobre o assunto.
A ministra da Indústria, Bernarda Martins, disse que a estratégia de industrialização da região vai impulsionar a valorização das matérias-primas locais e criar valor acrescentado aos processos de produção e transformação industrial.
A directora do Programa sobre Normalização, Qualidade, Acreditação e Metrologia do Secretariado da SADC sublinhou ao Jornal de Angola que o país tem  potencial capaz de desenvolver o sector industrial com base nos recursos naturais.  “Angola reúne condições para desenvolver o sector da indústria com incentivos à produção agrícola e maior abertura aos negócios, bem como a empresários nacionais e estrangeiros”referiu Kuena Molapol.
As taxas de crescimento em Angola podem aumentar sem depender em do petróleo,  declarou e referiu que “a produção agro-alimentar e a mineração elevam os níveis de contribuição para o Produto Interno Bruto de muitos países”.

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