Embaixadora da Venezuela valoriza divulgação dos factos do 4 de Fevereiro
A embaixadora da Venezuela em Angola, Lourdes Elena Perez, valorizou nesta terça-feira, em Luanda, a divulgação dos acontecimentos históricos sobre a colonização em Angola e os feitos do 4 de Fevereiro de 1961, que facilitaram a proclamação da independência do país, em 1975.
A diplomata fez este pronunciamento à imprensa, no final de uma palestra proferida pelo professor Mário Pinto de Andrade, sobe o lema “A influência do 4 de Fevereiro na génese da diplomacia Angola”, dirigida aos membros do corpo diplomático no país.
A respeito da palestra, promovida pelo Ministério das Relações Exteriores, disse que os factos narrados pelo docente universitário têm um paralelismo com o processo levado a cabo na Venezuela, dia 4 de Fevereiro de 1992, quando uma corrente revolucionária liderada pelo então tenente-coronel Hugo Chávez organizou um levantamento destinado a substituir o governo impopular e neoliberal de Carlos Andrés Perez.
“Os dois processos têm um paralelismo, na medida em que ambos ocorrerem dia 4 de Fevereiro com um objectivo comum: consolidar a identidade e a soberania dos respectivos países e exploração os recursos naturais para beneficiar as suas populações, tal como idealizaram os presidentes Agostinho Neto, em Angola, e Hugo Chávez, na Venezuela”, realçou.
Na sua dissertação, Mário Pinto de Andrade enfatizou a chegada dos colonialistas portugueses em Angola, em 1482, na foz do rio Zaire, quando Diogo Cão encontrou naquele espaço os primeiros sinais humanos que hoje constituem os angolanos.
Explicou que a génese do espírito de 4 de Fevereiro de 1961, nos esforços de solução do conflito de colonização em Angola, foi o resultado de uma revindicação que teve como ponto alto o início da luta de libertação nacional na madrugada daquele dia.
Destacou o papel desempenhado por Afonso Van-Dúnem “Mbinda” e Paulo Teixeira Jorge (ambos ex-ministros das Relações Exteriores já falecidos), e os embaixadores Brito Sozinho e Luís de Almeida na divulgação da luta do MPLA em algumas capitais africanas e europeias.
Enfatizou também a actuação do actual Presidente da República, José Eduardo dos Santos, que foi o primeiro ministro das Relações Exteriores na história de em Angola independente, referindo que, apesar de ter se formado em petróleos, tem sabido levar Angola para a sua afirmação no plano internacional.
A actividade contou com a presença do secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, e por quadros deste departamento ministerial.