Mais cimento nacional para o mercado de Cabinda
Cabinda recebe nos próximos dias várias toneladas de cimento produzido pela Nova Cimangola e CimentFort, disse o inspector-geral do Ministério da Construção.
Correia Victor esteve em Cabinda, mandatado pelo ministro da Construção e coordenador nacional da comissão de cimento, para dirimir um conflito aduaneiro que atinge aquele produto importado.
O conflito se deve ainda pela não publicação das novas regras de tributação à importação de cimento. O inspector-geral garantiu que nos próximos dias quatro navios com grandes quantidades de cimento nacional atracam em Cabinda.
Correia Victor disse estar esperançado que com a construção em breve em Cabinda de uma fábrica de ensacamento de cimento nacional da CimentFort, cujos contactos com o Governo Provincial estão avançados, o problema da procura daquele produto na região é minimizado.
Com a interrupção da entrada de cimento importado por três agentes de Cabinda – Mayomona, Bayuba Lda e Martinho Nguimbi – o produto nacional começou a chegar ao mercado local na sexta-feira.
Ensacamento nas províncias
O vice-governador de Cabinda para a Área Económica salientou ser imperioso às indústrias angolanas de cimento criarem condições de armazenamento e ensacamento nas províncias, como forma de proteger a produção nacional e diminuir as importações.
Macário Lembe referiu que este processo é importante para as províncias distantes das fábricas de cimento poderem comercializar o produto nacional sem roturas, nem com recurso às importações. No âmbito da cotação de importação de cimento, couberam à província de Cabinda 150 mil toneladas, 60 mil das quais já foram importadas.
Correia Victor assegurou ao Governo de Cabinda que as150 mil toneladas é uma quantidade de referência, mas que os importadores podem solicitar aumento, desde que fundamentem o pedido. Cabinda teve no ano passado uma cota de importação de cem mil toneladas, que foi ultrapassada e ascendeu a 160 mil toneladas.
Ponta Negra
Operadores da cadeia do comércio internacional de Cabinda começaram na última semana a injectar no mercado local algumas quantidades de cimento importado para assegurar a oferta e pôr termo à escassez do produto.
Em declarações à Angop, o importador da Casa Mayomona, Mayomona Bumba Anderson, disse que depois da última semana se ter colocado no mercado local 18 mil sacos de cimento, a segunda fase da operação envolve 60 camiões que estão na fronteira de Massabi, para transportar 600 mil sacos de cimento.
“Esses camiões iniciaram a entrada para a cidade de Cabinda desde segunda-feira. Já estamos a fazer entrega do produto às empreiteiras e aos agentes revendedores e cremos que já não há mais lamentações, pois, há cimento para os próximos meses”, assegurou.
Esta operação resulta de um consenso conseguido num encontro entre o Governo Provincialde, os Ministérios da Construção e das Finanças e os importadores, que procuram garantir a oferta eficiente do produto às diversas obras em curso em Cabinda.
“Estamos a cumprir aquilo que garantimos no nosso encontro com o Governo, Ministério da Construção e Alfândegas, colocar no mercado todo o produto que ainda se encontrava na cidade de Ponta Negra para permitir o andamento das obras”, avançou Mayomona Bumba Anderson.