Polícia intensifica controlo das fronteiras

Fotografia: Eduardo Pedro

Fotografia: Eduardo Pedro

A Polícia de Guarda Fronteiras (PGF) na Lunda Norte continua a intensificar o controlo dos limites do território nacional e os caminhos menos utilizados, com o objectivo de desencorajar a entrada de imigrantes ilegais nas áreas de garimpo e igualmente combater a possível disseminação da epidemia do ébola, disse ontem à Angop o comandante da sétima unidade da corporação, superintende chefe Inácio Feliciano.

O comandante informou que na segunda-feira foi apresentado o resultado operativo da última semana, no qual se espelha o total de imigrantes ilegais (108) detidos por violação de fronteira e em zonas de garimpo artesanal de minerais estratégicos. Com os imigrantes ilegais detidos foram igualmente apreendidos materiais diversos destinados ao garimpo, compostos por pás, cordas sintéticas, peneiras e picaretas.
Inácio Feliciano disse ainda que, de  Janeiro a Novembro, a unidade interpelou 4.905 estrangeiros ilegais oriundos da Republica Democrática do Congo e um da Guiné-Conacri.  Os dados apresentados pela PGF são o resultado de acções realizadas apenas ao longo da fronteira e caminhos e não nas aldeias.
As forças da ordem controlam os postos de Santumba, Nachiri, rio Chicapa, Furi 3, Tchissanda e o Chiumbue, na localidade de Fucauma, que os imigrantes consideram via rápida de entrada ao município sede do Chitato. No país, é cada vez mais preocupante o número de estrangeiros que entram ilegalmente, muitos a coberto de nacionais.  O Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) expulsou, no período de 13 a 19 deste mês, 1.448 cidadãos estrangeiros por estadia ilegal em território nacional, um aumento de 805 cidadãos comparativamente a igual período anterior.
Fonte daquela instituição afecta ao Ministério do Interior informou que os cidadãos em causa foram expulsos por via administrativa e judicial.
A partir do posto de fronteira de Luanda foram impedidos de sair do país três cidadãos estrangeiros, nomeadamente um congolês democrático, por uso de passaporte adquirido de forma fraudulenta, um chinês, sobre quem pende interdição de saída, e um luso-angolano, por caducidade do passaporte angolano.
Nos movimentos migratórios, constatou-se a entrada de 23.402 cidadãos, mais 9.605 em relação ao período anterior, e 15.336 saídas. De acordo com a fonte, os dados mencionados reflectem o fluxo migratório nos mais distintos postos de fronteiras terrestre, fluvial, aéreo e marítimo.
Em relação aos actos migratórios para nacionais, o Serviço de Migração e Estrangeiros recebeu  6.518 pedidos de passaportes, provenientes das direcções provinciais e de postos de atendimento em Luanda, missões diplomáticas e consulares.

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