Políticos destacam ganhos da Independência
Políticos de diversos partidos na província do Cuanza Sul defenderam no Sumbe que os angolanos têm a tarefa de continuar a preservar a independência nacional conquistada em 11 de Novembro de 1975, com base na unidade, solidariedade, patriotismo e irmandade e, acima de tudo, a reconciliação nacional.
O secretário executivo da CASA-CE no Cuanza Sul, Domingos Sobral, disse que os benefícios da independência são muitos e bem visíveis em todas as esferas da sociedade, destacando a edificação de mais infra-estruturas para a saúde e educação, e estradas.
O ser humano, na prossecução das suas tarefas, não está isento de cometer erros, disse, admitindo que algumas irregularidades que se verificam decorrem de um conjunto de condicionalismos de uma sociedade que viveu um longo período de guerra.
No leque dos ganhos alcançados, Domingos Sobral apontou também a reabilitação de pontes, melhoria dos sistemas de captação, tratamento e distribuição de água potável e energia eléctrica às populações, requalificação das cidades do Sumbe, Porto Amboim e Gabela até 2017.
Os êxitos alcançados até ao momento, sobretudo o alcance da paz efectiva, resultaram do engajamento de todos os angolanos através das igrejas, associações, partidos políticos, organizações da sociedade civil, assim como dos parceiros da comunidade internacional, disse.
O secretário de comunicação e marketing da UNITA no Cuanza Sul, Celestino Samahina Bartolomeu, afirmou que o 11 de Novembro de 1975 foi a maior conquista dos angolanos. Acrescentou que é difícil enumerar os ganhos alcançados com a conquista da independência, mas sublinhou que Angola é um país que está a crescer todos os anos e em todos os domínios.
Para o secretário municipal cessante do MPLA no Sumbe, Francisco Bernardo Martins, os avanços registados desde o alcance da independência são significativos nos sectores da Educação e Saúde, mencionando a construção de novas escolas e unidades sanitárias, o que permitiu a redução do número de crianças fora do sistema de ensino e a redução dos índices de mortalidade infantil.
A expansão do ensino superior em todas as províncias e em alguns municípios foi também referida, assim como a reabilitação e construção de novas infra-estruturas como estradas e pontes, que permitem a circulação de pessoas e bens, a construção de hospitais, centros comerciais e outros equipamentos sociais e económicos, cujo impacto se reflecte na melhoria do nível de vida dos angolanos.
As actividades para celebrar os 39 anos da Independência Nacional, que decorrem sob o lema “Unidos, Reforcemos os Ideais de Liberdade e Justiça Social”, foram abertas em várias províncias.
No Cuanza Norte, o governador Henrique Júnior disse que as celebrações constituem uma oportunidade para honrar aqueles que ajudaram a construir os trilhos pelos quais se guia a província do Cuanza Norte e transmitir para as gerações mais jovens um legado de abnegação à Pátria.
A província do Cuanza Norte está lançada no caminho do desenvolvimento económico acelerado, com a consolidação da paz, do reforço do sentimento de unidade e reconciliação entre os angolanos, construindo em locais onde antes havia destruição e criando riqueza ali onde imperava a pobreza e a miséria, referiu.
A realidade da província é indicadora do crescimento da economia, fazendo com que a sociedade esteja a evoluir, devolvendo a alegria e a prosperidade aos cidadãos. Henrique Júnior recordou que o tenebroso período de subjugação colonial fragilizou o país dos seus recursos humanos mais valiosos ao forçar a deportação e o desterro de homens e mulheres para outras paragens do mundo. Os angolanos, acrescentou, inspirados pela tenacidade e resistência dos seus ancestrais, juntaram forças, lutaram e resgataram a sua soberania e dignidade.
Acto central no Huambo
A província do Huambo acolhe o acto central das comemorações dos 39 anos da proclamação da Independência Nacional, indica um comunicado do Ministério da Administração do Território.
O programa de actividades determina que o “11 de Novembro” deve ser celebrado em todo o país e nas missões diplomáticas e consulares angolanas, no período entre os dias 5 e 15 de Novembro, em conformidade com o programa aprovado pelo Titular do Poder Executivo.
A comemoração tem como objectivo divulgar e realçar a importância do “11 de Novembro” enquanto marco de transcendental importância na união das várias sensibilidades nacionais, com vista à valorização da Pátria, assente na vontade da construção de um Estado Democrático de Direito e unidade da Nação Angolana. O programa de actividades incentiva à reflexão sobre os enormes sacrifícios consentidos pelos angolanos na conquista do bem maior da Nação e a solidariedade dos povos, partidos políticos e governos que ao longo dos anos da luta de libertação apoiaram a causa nacional e ajudaram a nascer e a consolidar-se o Estado soberano, livre e independente de Angola.
O Ministério da Administração do Território apela aos órgãos de comunicação social para divulgarem as actividades programadas para que as acções tenham suficiente visibilidade pública e abranjam a maioria dos cidadãos.
Divulgação dos feitos
O historiador Silvino Kimuanga defendeu sábado, no Uíge, que os estudantes universitários, investigadores, políticos, antropólogos e arqueólogos intensifiquem a investigação sobre a Independência Nacional, produzindo livros e brochuras para maior divulgação do percurso histórico do país.
O académico falava sobre “O Percurso Histórico da Independência de Angola”, durante uma palestra enquadrada nas comemorações dos 39 anos de Independência Nacional, no anfiteatro do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) do Uíge.
Silvino Kimuanga disse que muitos jovens desconhecem o percurso histórico de Angola porque a produção de livros, brochuras, revistas e outros manuais sobre o assunto ainda é muito fraca.
O prelector lembrou que a Independência de Angola, proclamada a 11 de Novembro de 1975, pelo primeiro Presidente, António Agostinho Neto, custou o sangue de muitos dos melhores filhos da pátria. “A sua história deve ser melhor conservada e contada às gerações vindouras”, disse.
A Independência trouxe muitas vantagens e benefícios que devem ser escritos e conservados em livros, revistas e outros manuais. O historiador falou também da paz alcançada em 2002, que permitiu o surgimento de várias infra-estruturas sociais, políticas e económicas, como estradas, pontes, instalações universitárias, fábricas e indústrias.
“Novos projectos nos sectores sociais, económico e produtivos estão a ser desenvolvidos em prol do bem-estar da população. Tudo isso só foi possível alcançar com a independência”, lembrou.
O tema debatido é de extrema importância sobretudo para a comunidade estudantil, considerou, visto que desperta muitos jovens que necessitam de saber mais sobre o percurso histórico do nosso país. Estudantes, docentes, historiadores, membros do Governo Provincial e outros convidados participaram na palestra.
Preservação da paz
O coordenador da UNITA no Bié e deputado à Assembleia Nacional, Manuel Savihemba, apelou à necessidade da sociedade civil manter a estabilidade da paz e a reconciliação nacional, visando garantir o desenvolvimento do país.
Falando numa palestra no Cuito, no âmbito das comemorações dos 39 anos da Independência Nacional, Manuel Savihemba admitiu que o país regista constantes avanços, sobretudo com o alcance da paz, em 2002, tendo salientado a necessidade de todas forças vivas participarem activamente na sua reconstrução.
Manuel Savihemba defende mais trabalho para a melhoria das condições de vida da população, oferecendo-lhe o direito de usufruir da riqueza do país.
A palestra visou reflectir sobre os ganhos dos 39 anos de Independência Nacional e contou com a participação de militantes da UNITA vindos dos nove municípios da província.