Ex-militares reintegrados na vida social
O Instituto de Reintegração Socioprofissional dos Ex-Militares (IRSEM) promoveu ontem o primeiro curso de condutores para 88 antigos militares com o objectivo de assegurar a sua reintegração profissional.
O representante da instituição no Huambo, Luís Garcia Kaíca, disse que a formação dos ex-militares enquadra-se no programa do projecto Horizonte II que visa assistir os antigos combatentes e tem a duração de três meses.
No passado, sublinhou Luís Kaica, muitos ex-militares foram condutores de veículos militares e não conseguiram trocar as suas cartas pelas cartas civis e esta é uma das oportunidades para os interessados adquirirem as cartas civis e encontrarem um emprego.
O representante do IRSEM na província acredita que com as habilidades adquiridas os ex-militares estão em condições de concorrer para o auto-emprego dirigido. Durante os três meses os formandos vão beneficiar de um subsídio mensal. De acordo com Luís Kaica, a formação vai continuar e estender-se aos restantes municípios da província.
Empreendedorismo
A Direcção dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria no Cuanza Norte está a promover o empreendedorismo entre os seus assistidos, para permitir que sejam menos dependentes das pensões que auferem.
De acordo com o director provincial, Guilherme Sebastião Neto, a instituição criou quatro cooperativas agrícolas nos municípios de Cazengo (sede), Golungo Alto, Samba Caju e Bolongongo, com mais de 110 associados, que recebem regularmente equipamentos e inputes para a prática agrícola. A Direcção Provincial dos Antigos Combatentes entregou recentemente dois tractores, quatro alfaias e seus componentes, sementes de milho e feijão, enxadas, catanas e fertilizantes a várias cooperativas de camponeses integradas por antigos combatentes. Quites profissionais de carpintaria, canalização e electricidade foram também entregues aos associados.
Para o próximo ano, prevê-se a formação de alguns assistidos em matéria de empreendedorismo e agricultura de modo a estarem habilitados para gerir pequenos negócios e produção agrícola em grande escala. Guilherme Neto disse que a nível do Cuanza Norte o sector controla 497 antigos combatentes formados e reintegrados na função pública e 56 no sector privado, enquanto dez trabalham por conta própria.
Na província estão cadastrados 2.164 antigos combatentes, entre ex-presos políticos, viúvas e órfãos de antigos combatentes, deficientes de guerra, descendentes e ascendentes dos combatentes tombados.